Nem café, nem queijo ou cachaça. A boa nova do agronegócio de Minas Gerais chega dos olivais e das agroindústrias de extração de azeite, num ano carregado de incertezas na economia e de dificuldades impostas pela pandemia do novo coronavírus ao consumo.
O estado detém a maior parte da produção de azeite do Sudeste do Brasil, com plantios concentrados na Serra da Mantiqueira, que deve repetir em 2021 os 50 mil litros verificados no ano passado, de acordo com as estimativas dos pesquisadores Luiz Fernando de Oliveira e Pedro Moura, da Epamig.
O estado detém a maior parte da produção de azeite do Sudeste do Brasil, com plantios concentrados na Serra da Mantiqueira, que deve repetir em 2021 os 50 mil litros verificados no ano passado, de acordo com as estimativas dos pesquisadores Luiz Fernando de Oliveira e Pedro Moura, da Epamig.
Desde a primeira extração de azeite de oliva extra virgem brasileiro, em 2008, no Campo Experimental da Epamig em Maria da Fé, no Sul de Minas, a melhor safra do Sudeste foi observada em 2018, de 80 mil litros.
No ano seguinte, as condições climáticas afetaram duramente a produção, que caiu a 20 mil litros, mas ela se recuperou em 2020. Houve interferência do clima também importante em 2016.
No ano seguinte, as condições climáticas afetaram duramente a produção, que caiu a 20 mil litros, mas ela se recuperou em 2020. Houve interferência do clima também importante em 2016.
O Rio Grande do Sul é o maior produtor de azeite do país, segundo o Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva), e tem a maior parte dos suas lavouras localizadas na região da Campanha Gaúcha. Minas estaria na segunda posição do ranking nacional com produção concentrada na região da Serra da Mantiqueira.
A Epamig e a Associação dos Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira (Assoolive) estimam, neste ano, área plantada ao redor de 3 mil hectares, com 1,2 milhão de plantas. A nova safra deixa 27 agroindústrias de extração de azeites na região serrana, das quais quatro estão instaladas em Maria da Fé.
Despontam na atividade também os municípios de Aiuruoca, Poços de Caldas, Gonçalves, Delfim Moreira, Andrelândia, Itanhandu, Monte Verde e Baependi.
Despontam na atividade também os municípios de Aiuruoca, Poços de Caldas, Gonçalves, Delfim Moreira, Andrelândia, Itanhandu, Monte Verde e Baependi.
O esforço dos produtores já lançou cerca de 80 marcas de azeites produzidos na região. Luiz Fernando de Oliveira, coordenador do Programa Estadual de Pesquisa em Olivicultura da Epamig, tem avaliado que os processos na lavoura e na industrialização passaram por aperfeiçoamento e isso levou ao reconhecimento do azeite de Minas no mercado brasileiro e em concursos internacionais.
Na avaliação dele, a produção mineira tem combinado tecnologia moderna e elevados parâmetros sensoriais. Os primeiros resultados na extração foram verificados em 2008, mas foi em 2011 que a fabricação ganhou regularidade. Os azeites da Serra da Mantiqueira são considerados mais complexos, com notas sensoriais mais maduras, diferentemente das notas mais verde dos azeites da Serra Gaúcha.
Entre exemplares exclusivos e diversificados no varejo em Minas e outros estados, há os mais suaves, obtidos da cultivar espanhola Arbequina, aos mais amargos, da Grappolo, e aqueles picantes, extraídos da Koroneiki, de origem grega.
Também foram criados azeites a partir da combinação de dois ou três variedades, que oferecem sabor voltado ao sensações equilibradas.
Também foram criados azeites a partir da combinação de dois ou três variedades, que oferecem sabor voltado ao sensações equilibradas.
O número de olivicultores na Serra da Mantiqueira é estimado em 200 produtores distribuídos em mais de 80 municípios, incluindo plantios em áreas de São Paulo, Rio de Janeiro e a região serrana do Espírito Santo.
Eles dão trabalho a 400 pessoas de forma direta. O Campo Experimental da Epamig em Maria da Fé tem divulgado 31 rótulos da Serra da Mantiqueira. O objetivo é ampliar esse trabalho com o que a empresa chama de Vitrine Tecnológica.
Eles dão trabalho a 400 pessoas de forma direta. O Campo Experimental da Epamig em Maria da Fé tem divulgado 31 rótulos da Serra da Mantiqueira. O objetivo é ampliar esse trabalho com o que a empresa chama de Vitrine Tecnológica.
As pesquisas na área de olivicultura datam da década de 1970 e a Epamig vem oferecendo desde mudas ao serviço de avaliação das características de azeites em laboratório. Na agroindústria, são prestados serviços de extração, filtragem e envaze.
A Epamig fez a adaptação de cultivares de oliveira originários de outros paises e hoje detém oito cultivares nacionais protegidas junto ao Ministério da Agriculturla, Pecuária e Abastecimento. Há, pelo menos, duas com grau de destaque.
A Grappolo 541, que segundo a Epamig, permite a obtenção de azeite herbáceo e está entre as cultivares mais plantadas na Serra da Mantiqueira. A MGS Mariense, popularmente conhecida como Maria da Fé, foi desenvolvida a partir das primeiras mudas de Portugal que chegaram à região levadas pela família de Emídio Ferreira dos Santos. O nome foi dado em homenagemn ao município do Sul de Minas.
A Grappolo 541, que segundo a Epamig, permite a obtenção de azeite herbáceo e está entre as cultivares mais plantadas na Serra da Mantiqueira. A MGS Mariense, popularmente conhecida como Maria da Fé, foi desenvolvida a partir das primeiras mudas de Portugal que chegaram à região levadas pela família de Emídio Ferreira dos Santos. O nome foi dado em homenagemn ao município do Sul de Minas.
EMBARQUES
1,129 bilhão
Foi o total das exportações do agronegócio de Minas Gerais em janeiro e fevereiro deste ano, com aumento de 8,1% ante o 1º bimestre de 2020
REDE DO MORANGO
Foi criado no fim de março o projeto Rede Morangos do Brasil, com o objetivo de elaboração de plano multirregional para pesquisa e extensão, visando ao fortalecimento da cadeia produtiva da fruta. A Epamig e outras 11 instituições de pesquisa de São Paulo, Paraná, Espírito Santo e Santa Catarina vão trabalhar em pesquisas sobre melhoramento genético, tecnologia de produção de mudas, nutrição de plantas para sistemas diversos de produção, doenças e pragas, pós-colheita e gestão da produção e das vendas.