Em um ano até agosto, a gasolina vendida na Grande Belo Horizonte encareceu 39,37%; o etanol ficou 63% mais caro, o gás de cozinha sofreu remarcação de 34,86% e o diesel foi reajustado em 32,28%. Num segundo pelotão da corrida dos preços, a conta de energia teve aumento de 11,20% e à mesa as dificuldades de bancar o avanço do custo de vida não foram diferentes.
Quem conseguiu colocar carne no prato pagou, em média, 26,03% de variação e se buscou o frango como alternativa, a estratégia já não funciona, diante da variação de 22,03% do custo da proteína ou 27,35% no caso do produto em pedaços.
Outras fontes de pressão repassadas são o dólar, que força reajustes de produtos importados e, sobretudo de insumos no campo e matérias-primas importadas usadas na indústria, também repassados às prateleiras do varejo.
Em vez de apontar culpados, a equipe econômica poderia ao menos se debruçar sobre os dados do IBGE que mostraram ontem a que ponto chegou o avanço do custo de vida. Que o Congresso Nacional faça o mesmo para exercer o seu dever de representar a população e não interesses eleitorais e de seus partidos.