O aviador Marco Aurélio Silva, de 73 anos, pai de Lorenza Maria Pinho, fala de coração aberto sobre a morte da filha. A mulher de 41 anos tinha 5 filhos. O marido dela, promotor de justiça André Garcia Pinho, é suspeito de feminicídio. O pai de Lorenza agora luta por justiça e diz que vai dedicar a vida a defesa das mulheres.
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Pai de Lorenza de Pinho participa de audiência pública sobre feminicídioPolícia Militar inicia distribuição de cartilhas de orientação contra violência domésticaViolência doméstica: 44,5 mil mulheres denunciaram abusos durante a quarentena em MGLidiane Chagas Araújo: 'Fui vítima de violência e sobrevivi'Lorenza morreu no apartamento onde morava com o marido e os cinco filhos, no bairro Buritis, zona oeste de Belo Horizonte. As investigaçoes da Policia Civil e do Ministério Público concluíram que o promotor, que está afastado das funçoes há cerca de 7 anos, matou a esposa. André Garcia está preso na sede do Estado Maior do Corpo de Bombeiros, na Pampulha. Ele nega o crime.
A defesa do promotor entrou com pedido de habeas corpus no STJ para que ele possa responder em liberdade. Mas todas as tentativas até agora foram negadas.
Segundo a investigação, Lorenza morreu por asfixia, ação contundente e intoxicação.
Desde o início das investigações, o promotor afastado já constituiu vários advogados. Um deles desistiu de atuar na causa na mesma semana. O advogado Robson Lucas, que assumiu a defesa na fase preliminar das investigações, informou recentemente que agora somente está responsável por cuidar do processo relativo à guarda dos filhos de Lorenza e André. A guarda provisória foi concedida ao médico Bruno Sander, padrinho de dois filhos deles. Outros três advogados estão conduzindo a defesa no processo criminal. Na quarta feira, dia 08 de junho, terminou o prazo para apresentação da defesa prévia relativa ao recebimento da denúncia contra André Garcia, por feminicídio.
Apesar das tentativas de comunicação com os novos advogados, não obtivemos resposta.
A violência contra a mulher é o tema de uma série de entrevistas desta coluna. O objetivo é aprofundar a discussão sobre o tema, refletir sobre as leis e a aplicação delas. Além da punição, será que podemos evitar que sejamos nós, mulheres, vítimas de amores assassinos? A velha história de dormir com o inimigo ainda é muito atual. Seja ele um namorado, um amigo íntimo, um marido ou um inconformado com o fim de um romance por exemplo.
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