O olhar da vítima revela que o trauma foi grande. As marcas da tentativa de homicídio sofrida ainda estão na memória. Ela conseguiu virar a página. Mudou radicalmente de vida. Não por opção; essa era a única alternativa.
A adolescente avançou para a maturidade sem participar das baladas da juventude. Para ela o tempo correu por um lado: o das lutas e sacrifícios. E passou lentamente, no que se refere às conquistas pessoais e profissionais.
Lidiane parou de estudar após ser baleada pelo ex-namorado. Voltou às salas de aulas catorze anos depois, com a ajuda de parentes e de pessoas que conheceu nos tratamentos e na busca por justiça.
E o que aconteceu ao homem que baleou a jovem, cujos sonhos foram interrompidos? Ele está nas ruas, monitorado pela justiça.
Ela tornou-se uma nova mulher. Trabalha, estuda e supera os obstáculos do caminho com uma companheira inseparável: a cadeira de rodas!
A violência contra a mulher é o tema de uma série de entrevistas que serão trazidas na nossa coluna. O objetivo é aprofundar a discussão sobre o tema, refletir sobre as leis e a aplicação delas. Além da punição, será que podemos evitar que sejamos nós, mulheres, vítimas de amores assassinos? A velha história de dormir com o inimigo ainda é muito atual. Seja ele um namorado, um amigo íntimo, um marido ou um inconformado com o fim de um romance por exemplo.
No episódio de hoje, Lidiane Chagas Araújo conta como o fim de um relacionamento quase pôs um ponto final também na vida dela. Acompanhe a nossa série.