Pois Gounod apenas adicionou um compasso de modo a suavizar a mudança rápida da harmonia de Bach e um ano depois a versão instrumental se transformava em canção com as palavras do poeta Alphonse de Lamartine. Mais um tempo e viria a letra em latim. Do centro comercial e cultural de Leipzig, na Alemanha, para a fervilhante Paris – assim veio vindo a Ave-Maria.
Hoje, existem diferentes arranjos instrumentais para a música, entre eles, para violino e violão, quarteto de cordas, piano solo, violoncelo, cavaquinho e até trombone. Grandes cantores já a interpretaram, como Maria Callas, José Carreras, Andrea Bocelli e Luciano Pavarotti.
Sem falar na outra Ave-Maria, composta pelo austríaco Franz Schubert como parte de sete canções tiradas de um poema épico. As palavras de abertura e o refrão podem ter levado à ideia de adaptar a melodia de Schubert como cenário para o texto completo da oração em latim.
A saudação do anjo Gabriel ecoa através dos séculos, tiradas das Sagradas Escrituras e, portanto, composta por Deus: “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo”.
O mês de agosto está cheio das graças que vêm do céu. Desde que a doce menina nasceu na simplicidade de Nazaré, sempre foi ligada às flores, seja nas manifestações de fiéis mundo afora, como nas artes, pintura, literatura, arquitetura e nas representações de Madona com guirlandas de flores.