Do lado da estrada de Lyon, o rapaz ouviu um padre que avançava a grandes passadas de camponês; ao seu lado, uma velha de touca na cabeça; atrás deles, uma carriola vacilante, carregada de fardos e de uma misturada de coisas, no meio das quais uma cama de madeira.
Ao levantar-se, olhou para o rapaz e disse: “Tu mostraste-me o caminho de Ars. Um dia hei de mostrar-te o caminho do céu”, e retomou a marcha. A capelania de Ars-en-Dombes, que não tinha mais de 200 almas, recebia o seu novo encarregado: Jean-Marie Vianney.
Para não o desgostarem, os moços e moças menos recatados refreavam o comportamento. “O respeito humano voltou-se do avesso”, e passou a ser tão vergonhoso ser apanhado em uma bebedeira como o era, antes, não beber com os amigos. A igreja encheu-se com as gentes dos arredores.
Entre os relatos de suas experiências no confessionário, havia um homem que relutou em confessar porque tinha medo da penitência que receberia. Mas um dia tomou coragem e foi. E eis que este lhe deu uma penitência suave. O penitente estranhou e perguntou: “Só isso?”. Jean-Marie respondeu: “Eu queria lhe dar uma penitência pesada, mas pode ser que você não a cumpra, então deixa que eu a cumprirei para você”.