Do Oriente, seguindo a estrela guia, os três reis magos, ao chegarem à gruta, caem de joelhos diante do menino e o adoram, oferecendo presentes exclusivos para um rei (ouro), Deus (incenso) e humano (mirra).
Apesar de tanta simplicidade, ao chegar em Jerusalém é recebido com festas por uma multidão que aclama: “Bendito aquele que vem em nome do Senhor, o rei de Israel”.
A inscrição colocada no alto da cruz é para injuriar, mas diz a pura verdade: Ele é o Rei, sim, que preside da cruz um reino de serviço, de entrega, do dom da vida. “Jesus de Nazaré, rei dos judeus”.
O poder observado no mundo não é o mesmo de Jesus – Ele está na outra margem, prega um outro reino, definitivo e eterno, onde a prioridade se apresenta na forma de serviço – “maior é aquele que serve”. Não por acaso, no evento de hoje, contempla-se a sua realeza no contexto da dolorosa paixão.
O sol para de brilhar, o véu do templo se rasga de alto a baixo. Cristo não ouviu os gritos dos soldados para salvar a si mesmo. Veio para salvar toda a humanidade. A conclusão dessa história, que começa na manjedoura e passa pela cruz, é o reino eterno. Cristo é o centro – da criação, do povo, da história. Ele é o verdadeiro – e único – Rei do Universo.
Como a alegria da primavera, que colore a paisagem com suas flores, a primeira estação do ano cristão é o Advento, que traz velas, guirlandas, estrela guia e um ambiente cheio de promessas anunciando que o Menino vem. O ano cristão começa celebrando a vida, espalhando sementes que vão nutrir as pessoas com o sumo da perseverança e da fé.