Os americanos compraram assentos no veículo russo e é assim que o americano voltará para casa trazido pelo russo na Soyuz. Apesar das crescentes tensões geopolíticas, para eles a terra é azul e o mundo é pequeno enquanto um abraça o outro no pequeno espaço sem gravidade da espaçonave.
A tristeza não tem o que dizer. Dizer o quê? Daqui de longe esperamos que o cessar-fogo aconteça logo, mas como é difícil viver a guerra vivendo aqui. Parece que o flagelo que acompanhamos na televisão é um sonho mau que vai passar, mas nem sempre ele passa e a guerra nunca acaba.
Técnicos continuam apresentando sugestões para que o Brasil aprenda a cuidar de moradias em encostas de modo que o descuido não acabe em tragédia e para que a próxima estação das chuvas não seja “o fundo do poço nem o fim do caminho”. Sonhemos que “as águas de março fechando o verão sejam promessa de vida no coração”.
A Quaresma nos chama ao jejum, à oração e à esmola. O jejum como expressão do domínio de si próprio em privar-se de alguma coisa, em ter força para dizer não a si mesmo; a oração como abertura para Deus; e a esmola como abertura para o outro, ou seja, um movimento para dentro, um para o alto e um para o lado.
A caridade deve vir do amor que nasce do coração de Cristo. O mérito não está nem no pouco nem no muito, mas na vontade de dar. Não se pode ter um coração para amar a Deus e outro para querer bem ao próximo.
São Leão Magno, um dos maiores papas da história da Igreja, dá à caridade o nome de misericórdia. “Não só os ricos podem beneficiar os outros com a esmola, mas quantos vivem em condições modestas e pobres. Assim, desiguais nos bens de fortuna, todos podem ser iguais nos sentimentos de piedade da alma.”
Vale repetir: desiguais nos bens, iguais nos sentimentos.