Não é novidade para ninguém que o fim do ano é um período cheio de gastos. Ainda que esse seja um dezembro atípico, devido à pandemia, o mês continua sendo de arrepiar para uma boa parte das pessoas: aniversário, amigo secreto, viagem, almoço, ceia, presente de Natal, ano novo… E por aí vai!
Na coluna do dia 25 de novembro trouxemos dicas de como economizar nas compras online. Hoje, o nosso papo é sobre o supermercado: o lugar que era nosso refúgio e o único jeito de respirar fora de casa no início da pandemia, agora se tornou motivo de susto e preocupação devido ao aumento de preço em vários itens.
Direto ao que interessa: como economizar no supermercado?
Se você foi ao supermercado nas últimas semanas, sabe bem o que está acontecendo. O arroz, que antes era o protagonista dos aumentos e virou meme na internet, hoje é “só mais um” dos alimentos com preços que fazem com que a gente fique com o botão de alerta financeiro ligado.
Em geral, é comum observarmos aumento de preço em produtos cuja demanda sobe sazonalmente, ou seja, em períodos específicos ao longo do ano. No contexto de Natal, os brasileiros já ficam de olho aberto nos itens que são clássicos da ceia: pernil, uva-passas, castanhas, arroz, entre outros.
Como 2020 não está para brincadeira nem no fim do ano, o cenário que observamos nas prateleiras hoje não é de aumento apenas desses produtos. Na verdade, diversos outros elementos que fazem parte da cesta básica brasileira sofreram acréscimos bastante expressivos.
Passado o susto, fica a pergunta: será que tem jeito de economizar?
A resposta é SIM! Você pode usar uma, duas, ou todas as dicas abaixo para conseguir reduzir os impactos da alta do supermercado na sua ceia de Natal:
Pesquise preços na internet
Conhecimento é a principal ferramenta do consumidor. Procurando pelos preços na internet, você consegue ter maior clareza de qual é o valor médio cobrado pelos maiores vendedores.
Assim, você consegue olhar de forma mais crítica para o preço mostrado no supermercado, bem como avaliar se compensa fazer a compra naquele momento, só porque “já está ali”, se é melhor procurar em outro lugar, ou mesmo fazer tudo diretamente pela internet, onde eventualmente pode achar preços melhores.
Para que essa dica funcione, uma outra precisa ser levada em consideração: tente pensar nas compras com antecedência. Fazer esse processo na tarde do dia 24 de dezembro pode gerar ainda mais ansiedade e estresse. Aproveite que estamos no dia 23 e ainda dá tempo de dar uma pesquisada antes de ir às compras!
Procure por descontos específicos
Além dos descontos mostrados nas prateleiras e corredores dos supermercados, existem outras maneiras de conseguir reduzir o valor da compra.
Diversos supermercados possuem convênios com outras instituições, disponibilizam cashback (dinheiro de volta), descontos pela forma de pagamento ou por compras através de site ou aplicativo.
Procure saber dessas alternativas antes de pagar o valor completo!
Defina um teto de gastos
Sem definir um limite para as compras, a tomada de decisão em relação ao que é prioridade, o que é realmente necessidade e o que é desnecessário fica muito comprometida.
Com um teto máximo para os seus gastos, você, naturalmente, se esforçará mais para conseguir encontrar primeiro aquilo que é indispensável para a sua ceia e fazer “estripulias financeiras” apenas com o que sobrar depois do que é essencial.
Para conseguir fazer isso...
Leve uma calculadora com você
Essa é uma dica extremamente simples, mas igualmente útil e relevante. Quem nunca colocou as coisas no carrinho e quase caiu pra trás quando viu os valores subindo ao passar no caixa do supermercado?
Pois é. Para evitar esse susto, que tal levar uma calculadora com você e ir somando o valor dos itens à medida que os escolhe?
Isso é muito melhor do que ficar refém do acaso e só descobrir o valor quando praticamente já não dá para voltar atrás!
Procure por marcas próprias
Existem grandes redes de supermercado que vendem diversos tipos de alimentos com sua marca própria. Em geral, para aumentar a atratividade da marca, os preços são inferiores.
É muito comum que sejam itens de boa qualidade. Por isso, vale a pena testar para conhecer e, quem sabe, fazer uma substituição permanente?
Não olhe só para o que está na altura dos olhos
Não são apenas as redes sociais que estão de olho no nosso comportamento como consumidor: os supermercados também!
A disposição dos itens é pensada para garantir uma vazão maior aos produtos que são mais interessantes para o vendedor. Já reparou que os produtos com menor validade, em geral, ficam na parte da frente, mais fáceis de pegar?
Se você não observava isso antes, é bom começar! Por isso, não pegue de primeira os produtos que estão mais à vista. Pode até ser que eles tenham os melhores preços, mas nem sempre. Observe atentamente ao seu redor para garantir que fará a melhor escolha!
Por que ficou mais caro comer em 2020?
O último levantamento feito pelo IBGE apontou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o índice oficial usado pelo governo federal para o cálculo da inflação, mostrou que, entre todos os itens avaliados, o grupo que envolve alimentação e bebidas foi o que teve maior alta percentual.
O cálculo do IPCA também leva em consideração outros 8 tipos de gastos que influenciam nosso bolso: vestuário; artigos de residência; habitação; transportes; saúde e cuidados pessoais; despesas pessoais; educação e comunicação.
Ainda de acordo com o Instituto, esse crescimento dos preços foi impulsionado pela alta de itens muito comuns na mesa brasileira: carnes, batata-inglesa, tomate, arroz e óleo de soja.
Existem muitas explicações para essa alta: a pandemia, o clima, o dólar, aumento das exportações… Cada uma dessas justificativas tem uma parte da responsabilidade nos preços que vemos no supermercado atualmente.
O que resta para 2021 é a expectativa de que os preços e/ou salários melhorem, para que andar pelos corredores do supermercado não seja mais um motivo de susto e preocupação para o nosso bolso!
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