Desde que comecei a me dedicar aos trabalhos voluntários, descobri que uma das melhores maneiras de arrecadar fundos é promover bazares. Que dá trabalho, dá, e muito, mas o resultado é surpreende. Nessa ação movimentamos uma série de fatores.
Primeiro é preciso abrir mão do orgulho e ter coragem de pedir. Isso mesmo! A vergonha de pedir é um empecilho para a maioria das pessoas de boa vontade. Pedir pressupõe necessidade, que pode ser entendido como uma fraqueza. Mas o lado bom é quando a gente conclui que só pede quem reconhece que não está só, que nada é construído sem a colaboração de tantos. Isso é libertador e dignificante.
Segundo, como o que se pede para um bazar ou brechó são peças refugadas, mas que ainda têm muita vida útil pela frente, esse movimento ganha um caráter ecológico ou, se preferir, anti-desperdício ou anti-consumismo exacerbado.
Terceiro, é a chance que a gente tem de adquirir algo vintage, ou seja, produzido em décadas passadas, o que torna as peças únicas, mesmo que um dia tenham sido produzidas em série.
Outro fator interessante são as peças atuais de ponta de estoque, às vezes com leves e imperceptíveis defeitos, vendidas a preços tentadores.
Para quem é adepto à ideia e gosta de garimpar, esta semana acontece o Sobretudo Reuse, com curadoria assinada por Mary Arantes. Serão doze brechós, sendo um deles o Ubuntu.fsf, marca que coordeno com o objetivo de montar oficinas de costura em locais de extrema pobreza no Brasil e na África.
Além de peças usadas em ótimo estado de conservação, recebemos ponta de estoque da Ágora, Alphorria , Atroz, Cila, Graça Ottoni, Débora Germani, Elisa Atheniense, Equipage, Fátima Scofield, Heliane Lages, Ittem, Mietta, Patogê, Vênica Casa e Zsolt.
Serviço
Sexta e sábado, das 10h às 19h
Domingo, das 10h às 17h
Rua Ivaí, 25, Serra
Entrada gratuita