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Virada de ano é o momento de rever como aplicar melhor o seu dinheiro

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Todo mês de dezembro eu adoto a mesma conduta: olho para trás e contabilizo como foi o ano que passou. Entre erros e acertos, consigo, ano após ano, ter bons resultados. Como eu faço isso e qual o segredo?  Muito simples, aprendo com os erros e tento potencializar os acertos.



O ano de 2019 não foi uma surpresa no cenário macroeconômico – conseguimos prever que a taxa de juros ia continuar caindo, que a inflação se manteria sob controle e que a bolsa de valores continuaria fazendo a alegria dos investidores. Muitas variáveis entraram em cena: a aprovação da reforma da Previdência, as tribulações do primeiro ano do novo governo, e, no cenário externo, a guerra comercial entre EUA e China tirou o sono de muitos investidores, mas no apagar das luzes de 2019 percebemos que aqueles que foram mais otimistas e souberam domar a volatilidade da renda variável, acabaram recompensados com excelentes rentabilidades.

Fazendo apenas uma breve retrospectiva, no mês de agosto, quando a reforma da Previdência foi dada como aprovada, o Índice Bovespa teve uma queda um pouco mais forte. Enxerguei como um movimento normal, pois acumulava naquele mês mais de 20% de rentabilidade no ano e quando isso acontece normalmente é coisa de curtíssimo prazo, sinalizando que poucos investidores estão realizando seus lucros.

Lembro-me bem de que a discussão entre os investidores era se a bolsa de valores brasileira já estava cara e se era mais prudente esperar para entrar em um momento melhor. Minha resposta veio no formato de recomendação – montamos uma carteira de small caps composta por 12 empresas, e de lá pra cá essa carteira já superou mais de 22% rentabilidade, superando até mesmo o Ibovespa do ano inteiro de 2019. Portanto, independentemente do momento, podemos usar o ditado “não deixe para amanhã o que você fazer hoje”.



No ano de 2020, acredito fielmente que o país soltará o freio de mão e irá realmente começar a crescer. Quando falo de crescimento, me refiro ao PIB superando 2,5% ao ano, taxa de juros baixa com inflação controlada e o mais importante taxa de desemprego caindo. Só assim veremos o brasileiro ganhando e consumindo mais. E esse crescimento será refletido nas grandes empresas do Brasil, ou seja, elas também vão crescer; então, porque não se tornar sócio delas? Todo brasileiro pode ter acesso às empresas brasileiras listadas em bolsa e comprar suas ações.

Para você, que quer começar a investir em 2020, que ainda não gastou o 13º salário e que não sabe por onde começar, minha recomendação é começar pelos Fundos Imobiliários (FIIs). Na última semana, falei sobre eles aqui e volto a comentar, porque é um bom investimento para começar na renda variável. Com os juros a 4,5% ao ano, o investidor que deixar o seu patrimônio sempre na poupança ou na renda fixa não verá seu dinheiro crescer. Ao investir em FIIs é importante sempre buscar o conhecimento e saber exatamente qual é o ativo em que está investindo. Assim, a chance de entrar em alguma furada vai reduzir bastante.

Um ponto muito importante, antes de iniciar qualquer investimento, é saber que cada pessoa tem um perfil de investimento diferente. A renda variável trás maiores rentabilidades sim, mas também traz uma dose de risco maior. Então, o que pode ser tolerável para você pode não ser para o seu colega ou familiar. Desejo a todos um Feliz Natal e volto na última semana do ano, falando quais os setores da economia eu acredito que devem ter uma performance melhor e nos quais você deve ficar de olho para investir em 2020.