Nas últimas semanas, tenho destacado na coluna não só as dicas de finanças, mas a forma como o brasileiro deve investir. E, nesse quesito, a bolsa de valores tem sido protagonista de boas rentabilidades. Em alguns momentos, pode até soar repetitivo, mas enquanto eu vir que o saldo da poupança ainda está na casa de alguns bilhões de reais e que grande parte da população investe através dos bancos, serei implacável no meu trabalho educacional. Uma das minhas principais missões é convencer você, nosso leitor, a investir corretamente.
Recentemente, muitas pessoas me perguntaram quanto precisavam juntar para investir nas empresas listadas em Bolsa. Também surgiram muitas dúvidas sobre como começar, de fato, a investir. Em geral, ao pesquisar na internet, você se depara com muitas informações, sendo que muitas delas são conflitantes. Você também encontra pessoas ensinando a montar uma carteira, outras explorando oscilações pequenas de dias e semanas de algumas empresas específicas, e tem aquele nicho do trading.
Não existem o certo e errado ou o melhor e pior, pois, na bolsa, há espaço para todos. Ao meu ver, o trading não é um investimento, pois requer conhecimento e dedicação de tempo. Portanto, o day trade está mais próximo de uma atividade remunerada, na qual a pessoa consegue lucrar diariamente na bolsa através de certas técnicas.
Mas, vamos pelo primeiro passo: para quem está chegando agora, por onde começar? O primeiro passo é abrir conta em uma corretora de valores, que é por onde você vai negociar, ou seja, comprar e vender as ações.
O segundo passo é determinar uma estratégia baseada com os objetivos que foram traçados. Vou exemplificar: se quero acumular patrimônio para minha aposentadoria e no momento atual de vida estou em plena atividade profissional, vou juntar 15% dos meus rendimentos mensais e investir em fundos imobiliários e empresas que pagam bons dividendos. Se este for o seu objetivo, você vai precisar escolher as empresas e os fundos. Para isso, sugiro a leitura de bons relatórios que devem ser capazes de trazer um bom resumo de cenário econômico e político e recomendações para o momento.
O terceiro passo, mas não menos importante, é acompanhar periodicamente os seus investimentos. Não estou falando de ficar olhando diariamente a evolução dos seus investimentos, mas monitorar as notícias e fatos relevantes sobre as empresas e fundos do seu portfólio. Isto é essencial. Atualmente, você encontra vários aplicativos de celular que lhe ajudarão nisso.
Sendo assim, não existe um mínimo para começar. Há investidores comprando fundos imobiliários com R$ 100; outros comprando ações de grandes empresas com R$ 1 mil. Cada um com a sua realidade, mas ambos com objetivos de construir patrimônio no longo prazo. Hoje, arrisco dizer que com R$ 5 mil você começa a investir na bolsa com diversificação mínima. Ressalto que o mais importante não é, propriamente dito, o valor inicial, mas o quanto você consegue fazer de aportes ao longo da vida.
Se você consegue juntar dinheiro com frequência e investe corretamente esse recurso, o menos importante é o montante com o qual você iniciou, e o mais importante é que você está no caminho certo para ter um futuro financeiramente próspero.