Na mesma linha de minhas colunas mais recentes, chamo a atenção para a última divulgação dos dados mensais do PIB pelo Banco Central, onde fica claro que nossa economia está operando em total banho-maria há quase uma década, com taxas médias calculadas para os últimos 12 meses ao redor de -0,6% a.a., ante média de 3,9% em 2004-13.
A manutenção desse tipo de resultado é obviamente inaceitável, mesmo diante dos temores relacionados com novas vertentes da COVID-19, que se espera não serem mais tão devastadoras para países como o Brasil, conforme se temia inicialmente.
(Refiro-me ao clamor por maiores gastos destinados à parcela mais carente da população e a despesas elevadas, líquidas e certas, com surgimento surpreendente, como as relacionadas com precatórios judiciais).
Para isso, caberá talvez aprovar emendas constitucionais e/ou outras peças de difícil tramitação. Sem elas, se os candidatos apenas prometerem que vão ajustar os gastos será chover no molhado.
O aumento das participações percentuais de 1987 para 2018 foram: 1 GRANDE FOLHA: de 39,0 para 75,6% do total. 2 Saúde: 8,0 para 8,2%. 3 Educação: 2,5 para 2,6%. 4 Demais correntes obrigatórias: 20,5 para 6,4%. 5 Idem, discricionárias: 13,9 para 4,4%. Investimento: 16,0 para 2,8%, um óbvio absurdo. Sob a GRANDE FOLHA incluí os seguintes subitens: 1.1 Benefícios assistenciais e subsidiados: de 3,1 para 19,3%. 1.2 Previdência INSS: de 13,0 para 34,2%. 1.3 Previdência pública: de 6,2 para 9,4%. 1.4 Pessoal ativo: de 16,7 pra 12,7%.
A convivência com déficits previdenciários crescentes tem levado vários entes a praticamente zerar seus investimentos, algo que poderá acontecer mesmo com estados da dimensão de São Paulo, caso não se aplique a fórmula correta de correção do problema. Trata-se de criar ou fortalecer fundos de previdência mediante o aporte de ativos e recebíveis em geral, a exemplo da velha solução PREVI adotada no Banco do Brasil.