Não fossem a língua, a cor (azul ao invés do vermelho) e a linguiça (no lugar da mortadela), eu juraria que estive num comício de Lula e do PT
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Se tem boa notícia, Bolsonaro não gosta Bolsonaro se detesta; só podeChile: já vimos esse filme antesUm ano para sorrir, que termina tristeNas ruas, vejo palanques e shows por todos os lados. Tudo gratuito, claro. Cerveja, empanada e choripán (pão com linguiça) distribuídos fartamente. Discursos populistas e messiânicos prometem uma Argentina que jamais existirá. Enquanto a tigrada se diverte, o mundo real continua na labuta: quem trabalha - e vive do próprio trabalho - não tem tempo para isso.
Buenos Aires nos avisa: a esquerda dificilmente morre. Pior. A esquerda não aprende nada; não esquece nada. Alguém, aí no Brasil, não se cansa de demonizar o Judiciário e se dizer vítima de uma persecução penal injusta e mentirosa. Por aqui, ouvi o mesmo. A gatuna Cristina prometeu caçar (inconstitucionalmente) quem lhe caçou (constitucionalmente). E cassar também.
Ela e seu bando, como Lula e o dele, foram flagrados em esquemas de corrupção gigantescos. Nessa terça (10), ao tomar posse como vice-presidente, prometeu reestruturar integralmente o judiciário federal a fim de encerrar as acusações mentirosas e prisões arbitrárias (palavras dela, é claro). Que diabos significa ‘reestruturar’? Bem, só ela e o fantoche-presidente poderão dizer.
Kirchner só está solta graças aos privilégios que detém como ex-presidente. Como no Brasil, na Argentina existe uma espécie de foro privilegiado. A América Latina é pródiga em criar leis que protegem governantes ladrões. É pródiga também em transformar países com potenciais incríveis de prosperidade em ilhas de absoluta pobreza e desesperança.
Pesquisa recente do Datafolha mostrou que 25% dos eleitores brasileiros confiam em Lula desde sempre. Não é pouca gente. Quanto mais pobre e menos escolarizada a população, mais enganada e manipulada será. É justamente neste estrato social que o PT resiste.
Na Argentina, idem. Motoristas de Uber, por exemplo, da categoria ‘Conforto’ (semelhante à Black, no Brasil - carros melhores e mais novos) não confiam em Cristina. Já os taxistas, confiam. Nos hotéis, o staff da recepção e restaurante não confia. Camareiras e porteiros, sim. Sempre que renda e escolaridade interferem, os resultados mudam.
Obviamente é assim no mundo todo, mas na América Latina tal condição é dramática. As esquerdas sempre souberam disso e calibram o discurso de forma a transformar seus crimes em ‘mentiras inventadas por uma elite que explora os pobres’.
Destroem a economia dos países que governam para depois culpar as administrações seguintes. É incrível como o modus operandi é idêntico e imutável. No máximo, um pouco adaptado às condições locais. Pobres latino-americanos.
Nuestros hermanos necesitarán mucha suerte, y nosotros también. Eita que gastei todo meu portunhol, hehe!