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O STF não é uma vergonha. Alguns ministros, sim

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José Antonio Dias Toffoli é um cara de sorte. Incompetente nos estudos, já que reprovado duas vezes em concursos para a magistratura de primeiro grau, tornou-se ministro do STF exclusivamente por seus préstimos (e fidelidade) a dois dos maiores corruptos do mundo, a saber: José Dirceu e Lula, ambos condenados pela Justiça.



Uma vez no Olimpo do Poder, coleciona votos desastrosos e decisões que fariam corar o mais parcial dos juízes, sempre, é claro, favoráveis àqueles cujas canetas o levaram à Suprema Corte. Recentemente, foi humilhado, em público, pelo colega de toga Luís Roberto Barroso, que declarou ser necessário um professor de javanês para traduzir seu voto.

Toffoli é responsável pelo inquérito inconstitucional que transformou o STF em delegacia de polícia. É responsável pela decisão de censurar uma revista por divulgar a verdade, qual seja, que é o ‘amigo do amigo de meu pai’. É responsável por blindar a própria esposa - e a de Gilmar Mendes - de fiscalizações tributárias. E de trancar centenas de inquéritos de lavagem de dinheiro apenas para beneficiar o filho do presidente da República.

Com um currículo assim, esse senhor talvez não fosse nem o advogado assistente do associado júnior da banca da esquina da comarca de Nova Iguaçu, mas não só é um dos onze ministros máximos do país, como o atual presidente da Casa Maior do Judiciário nacional. E como vergonha pouca é bobagem, em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, o bravo magistrado mandou ver: ‘a Lava-Jato destruiu empresas’.



Se chamado a opinar, Didi Mocó Sonrisal Colesterol Novalgino Mufumbo diria: ‘Cuma’? Quer dizer que empresas que sobreviviam graças a esquemas de corrupção, lavagem de dinheiro, pagamento de propina generalizado, superfaturamento, financiamento clandestino de campanha política, uma vez pegas e punidas de acordo com a lei, foram destruídas e não o contrário (destruíram o País)?

"Isso jamais aconteceria nos Estados Unidos e Alemanha". Como é que é, meu senhor? Em que planeta essa sua mente delirante orbita? Será que alguém poderia contar para esse duplamente reprovado (fica cada vez mais claro o porquê) a história de uma ‘empresinha’ americana chamada Enron, que empregava mais de 20 mil pessoas e faturava mais de 100 bilhões de dólares, até ser levada à falência por crimes contábeis?

O que não aconteceria - nunca! - nos Estados Unidos ou Alemanha é um advogado qualquer, reles empregado de partido político, ser alçado a ministro de suprema corte para advogar em favor daqueles que o nomearam, isso, sim. Com todo o respeito que o senhor não me merece, caro ministro: vá catar coquinhos e deixe a Lava-Jato em paz.

audima