A memória do brasileiro costuma ser curta e seletiva. Para quem já teve Gilberto Gil e Marta Suplicy como ministros, assistir à performance de Regina Duarte na cerimônia da própria posse como secretária de Cultura até que não foi tão difícil. Duro mesmo foi aguentar o humorista Carioca no lugar do presidente Bolsonaro. Ridículo por ridículo, prefiro o original.
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Zema saiu fugido do Palácio com medo da PM, diz vereador Gabriel AzevedoBolsonaro apoia manifestação e provoca histeria coletiva 'BH não está condenada a conviver com enchentes. Isso pode mudar'Desenhando o dólar altoJair Bolsonaro, acusado também de ser machista - e do que não o acusaram ainda? - vai colecionando figuras femininas nada frágeis no primeiro escalão de governo. As ministras Damares Alves e Tereza Cristina, que ‘valem por dez homens’, são figuras centrais e muito bem avaliadas. Nossa eterna Viúva Porcina poderá fazer parte deste time.
A pasta da Cultura é ponto crucial para Bolsonaro e seu entorno. Evangélico, conservador e paranoico, o presidente enxerga ameaça aos valores cristãos e à família e marxismo cultural até em teatrinho de escola primária no dia das mães. Regina terá de se equilibrar entre os exageros presidenciais e os abusos concretos dos coleguinhas artistas.
Para quem já foi mãe da Maria de Fátima, na novela Vale Tudo, as abjetas ofensas, desferidas por parte da esquerda brasileira, são como canção de ninar. Resta saber, contudo, se a secretária resistirá aos tuítes nada ‘friendly’ de um certo Carluxo, ou mesmo às indefectíveis piadas de mau gosto do chefe, geralmente transmitidas, ao vivo e em cores, para todo o Brasil, logo após o Jornal Nacional.
Boa noite!