Pego em mentiras em série sobre seu próprio currículo, Carlos Decotelli pede demissão
O governo Bolsonaro é capaz de trapalhadas inacreditáveis. Aliás, não poderia ser diferente, diante de um presidente como o próprio Jair.
O fato, digamos inusitado, mais recente, é a nomeação-posse-demissão do novo velho ministro da Educação, Carlos Dacotelli. Aquele que foi sem nunca ter sido, como a viúva Porcina, da novela Roque Santeiro, interpretada por Regina Duarte, outra das trapalhadas de Bolsonaro.
O cara que substituiu Abraham Weintraub contava com uma vantagem enorme: ser pior seria impossível. Ou seja, já largava com 10 corpos na dianteira. Mas não é que o sujeito conseguiu perder um jogo ganho? Nem bem foi nomeado, já caiu. O motivo: falsidade ideológica. Talvez não no sentido jurídico, mas no conceitual.
Carlos mentiu em tudo. Mentiu que é doutor, que é pós-doutor e há fortes indícios de plágio em sua dissertação de mestrado. Nada mal para um ministro de um governo em que mentir é algo tão comum quanto respirar. O diabo é que até para os “padrões Bolsonaro” ele exagerou. Afinal, ministro da Educação Pinóquio nem o Olavão aguenta.
Que venha o próximo! Pelas minhas contas, será o quarto. No Ministério da Saúde, ao que parece, o presidente desistiu do terceiro (ou seria o quarto também?). Na secretaria da Cultura, já perdi as contas. Na Justiça, ainda estamos no segundo. Vixe! É bom o trio Guedes - Cristina - Tarcísio começar a acender suas velas. E o Brasil também.
Por falar em velas, 1.5 milhão de contaminados e 60 mil mortos pela Covid-19. Mas...quem se importa, não é mesmo?