Aliança com o Centrão e líderes políticos envolvidos em casos de corrupção; indicação de um PGR francamente opositor à Lava-Jato; uma provável (e inevitável) onda de aumento de impostos; farta distribuição de cargos em ministérios e secretarias…
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Eleição municipal: Kalil com a faca e o queijo nas mãos Opinião sem medo: Nossa via crucis, da mandioca à cloroquinaCOVID-19: O Brasil vai se acostumando com a tragédia Crise de alimentos: Bolsonaro que se prepare. E nós, tambémSara Winter: lugar de selvagem é na jaulaO Estado brasileiro derruba mais um inimigo 100 mil mortos: a nossa sexta-feira mais tristeAté mesmo a prática do assistencialismo eleitoral, tão corretamente criticado nos tempos do lulopetismo, ensaia ser a nova tônica deste governo. Assim como Lula “roubou” de FHC os programas sociais e criou o Bolsa-Família, Bolsonaro promete o Renda Brasil.
A bandeira do combate à corrupção caiu por terra. Um governo liberal, enxuto e pró-empreendedorismo não sai do papel. O lema “menos Brasília e mais Brasil” foi engolido pelo jogo rasteiro da pior política. Só restou ao governo o antipetismo radical e a busca do eleitorado mais pobre, como suporte eleitoral.
Para quem, como eu, apostou em algo melhor - ainda que sem muita esperança, e por mera falta de opção no segundo turno - Jair Bolsonaro é a síntese da decepção. Para não dizer, a síntese de um enorme estelionato eleitoral. E para piorar, em meio à essa maldita pandemia de coronavírus, que deixará como saldo, além de milhões de mortos e doentes, a maior crise econômica da história mundial.