Jair Bolsonaro ultrapassou todos os limites ao ameaçar agredir fisicamente um repórter, ou melhor um trabalhador que, em pleno domingo, cumpria sua jornada de trabalho em busca do legítimo sustento, o mesmo que o presidente da República, há mais de três décadas, percebe às custas de gente como o rapaz que ameaçou agredir, já que vive - como boa parte da sua família - dos impostos pagos por todos os brasileiros.
Bolsonaro é seguramente o pior presidente que este pobre País já elegeu após a redemocratização. Ele mistura a agressividade tosca de Collor, com o populismo barato de Lula e a estupidez de Dilma Rousseff. Sem falar que, como os demais, faz o jogo rasteiro da política enquanto se amanceba às altas autoridades da Justiça, em busca de proteção para casos estranhos envolvendo seus familiares e dinheiro público.
Ao dizer que gostaria de “encher de porrada” a boca de um repórter que simplesmente lhe questionou sobre os depósitos do operador das rachadinhas de seu filho Flávio, o ex-faz tudo da família Bolsonaro, Fabrício Queiroz, na conta da sua esposa Michelle, o ocupante da Presidência pretende-se um servidor público inquestionável, tal qual um miserável ditador de republiquetas, acima de tudo e de todos, inclusive o povo e a lei.
Bolsonaro e seus filhos são sustentados pelos brasileiros e a eles devem satisfação de todos os atos e gastos. Uma gente que jamais laborou para o setor privado e jamais deixou de “mamar’ nas tetas do Estado, para usar um linguajar bem típico da horda bolsonarista, que prega lisura, honestidade e austeridade enquanto chafurda em depósitos e operações de compra e venda de imóveis, sempre em dinheiro vivo. Afora pencas de funcionários fantasmas.
Já é grave o bastante bêbados, em um botequim, ameaçarem agredir os outros. Já é grave o bastante valentões, no trânsito, ameaçarem agredir os outros. Já é grave o bastante selvagens, de torcidas organizadas, ameaçarem agredir os outros. Quando tal ameaça parte simplesmente da maior autoridade do Brasil, contra um repórter que nada fez de errado, assume proporções de tirania e grave crime à liberdade de imprensa e, no limite, à própria Democracia.
Bolsonaro é um completo despreparado para a função que foi eleito. É um perigo ter alguém como ele na liderança do País. É um sujeito incapaz de servir como bom exemplo ou pregar coisas positivas. Vive das rinhas e da agressão. Vive da discórdia. Alimenta-se, e alimenta sua claque, da violência e virulência. Não sabe dialogar sem ofender. E quando vê-se emparedado, torna-se a essência da brutalidade.
O Brasil acostumou-se tanto à assassinatos, estupros, tráfico e mortes, que perdeu a capacidade de se indignar. Pior. Perdeu a capacidade de sequer parar para pensar, para analisar e reconhecer o tamanho do buraco em que se meteu, quando elegeu um “brucutu” deste tipo, presidente da República. E não me venham os idiotas com a cretina dualidade: “você preferia o Lula e a corrupção”?
Não, suas bestas! Eu preferia ter outro tipo de pessoa liderando meu país. Há - como houve e sempre haverá - alternativas melhores que estes dois péssimos exemplos de presidente. Péssimos exemplos de seres humanos. Só nunca enxergou quem não quis. E quem insiste em não querer enxergar. Entre Lula e Bolsonaro, eu fico com nenhum dos dois. E gostaria que meu País, também. Dois erros não fazem um acerto. Ambos são erros gigantes e grotescos.