A Bolsolândia é mesmo um troço curioso. Prega abertamente o fim da Suprema Corte e do Congresso; clama por uma tal “intervenção militar constitucional”; sem medo de ser feliz, confessa que deseja o fim de qualquer ideologia que não seja a própria; admite que “bandido bom é bandido morto”. Daí, quando alguém vem e resume, em poucas palavras, o que de fato essa gente é, o chororô começa.
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Explicando os micheques para os bolsominionsPaulo Guedes vai se tornando o novo Mandetta115 mil 'bundões' já morreram de COVID no Brasil, mas Bolsonaro comemoraFacada em Bolsonaro, Malhação de Judas, Marielle Franco e tortura juntosBolsonaro confessa que mudou de lado: ''Matei a Lava-Jato''Irmãos Bolsonaro querem tomar lugar de TiriricaCartão vermelho para Guedes e o BrasilBolsonaro, inflação e falta de alimentosMetrô de BH: golaço de ZemaBarroso é um notório, digamos, militante da esquerda. Suas teses em defesa do aborto e da legalização da maconha, e sua atuação como advogado do terrorista italiano Cesare Battisti, além do combate ferrenho que faz ao período militar no Brasil, o associam com o inimigo número 1 do bolsonarismo. Para essa gente democrática, “a esquerdalha tem de ser fuzilada”. E faço aqui essa crítica sendo um cara de centro-direita, hein!
Pessoalmente, detesto quase todas as teses de esquerda. Aliás, detesto quase todos os expoentes da esquerda. Porém, sou “Evelyn Beatrice Hall Futebol Clube” roxo: “Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las”. A democracia, meus caros, pressupõe discordância e diálogo. Quem pretende eliminar o opositor político é apenas e tão somente um tirano ditador.
Em vez de reclamar, Bolsonaro e seus seguidores deveriam bater no peito e, orgulhosamente, endossar as palavras de Barroso: “defendemos, sim, a ditadura e a tortura. E daí?”. Afinal, Sara Wintertá aí para provar. E Eduardo Bananinha, com um cabo e um soldado, também.