Jornal Estado de Minas

OPINIÃO SEM MEDO

Metrô de BH: golaço de Zema

Conteúdo para Assinantes

Continue lendo o conteúdo para assinantes do Estado de Minas Digital no seu computador e smartphone.

Estado de Minas Digital

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Experimente 15 dias grátis


O governador Romeu Zema é o típico mineiro do interior: discreto, fala pouco e compromete-se muito menos. Seu sotaque é tão acentuado, que jocosamente é chamado de Chico Bento - personagem dos quadrinhos do genial Mauricio de Souza - por seus opositores.





Lançado candidato pelo Novo, Zema venceu sem esperar e assumiu um tremendo de um abacaxi. Minas Gerais, após as desastrosas gestões de Anastasia e Pimentel, encontra-se quebrado, sem prestígio político e combalido pelos recentes desastres ambientais.

Não sem razão, grande parte dos governadores do País abriu fogo contra o presidente Jair Bolsonaro. Por razões ideológicas ou eleitorais, e até mesmo por sanidade mental, convergir com o “mito” tornou-se tarefa pra lá de árdua. Salvo para terraplanistas e mentirosos natos.

Na contramão dos colegas, sobretudo dos governadores do sudeste, notadamente João Doria e o atualmente afastado governador fluminense Wilson Witzel, Romeu Zema abdicou do conflito político com o governo federal e assumiu um papel de neutralidade.





Em diversas ocasiões, nosso “Chico Bento”, provocado pela imprensa, recusou entrar no debate aloprado sobre cloroquina, economia, máscara e quaisquer outras maluquices ditas por Bolsonaro e seus fanáticos seguidores, no que fez muito bem.

Se o partido Novo e o governador mineiro não podem ser chamados de aliados do presidente e do governo federal, tampouco podem ser rotulados como opositores. E em tempos de cofres vazios e necessidade de dinheiro, isso é uma grande vantagem.

Nesta quarta-feira (02), Bolsonaro anunciou que o Ministério da Infraestrutura irá repassar uma verba bilionária para a construção da Linha 2 do metrô de Belo Horizonte, que ligará os bairros Calafate e Barreiro, atendendo a um público estimado de 120 mil pessoas.





Como de republicano e democrático o atual presidente da República não tem nada, seguramente não olharia para a capital do estado caso encontrasse, aqui, oposição ferrenha e críticas constantes. Neste sentido, méritos também para o prefeito Alexandre Kalil.

Tudo o que envolve o metrô de BH é, como dizemos em bom mineirês, “custoso”. Por isso, antes de comemorar, prefiro ver o dinheiro em caixa e as obras andando. Mas é justo reconhecer a habilidade política dos nossos governantes e parlamentares. Que venham mais boas notícias assim.