Não. Não sou democrata. Ao contrário. Sou republicano de carteirinha. Aliás, sou não. Torço por eles. Para ser ou um ou outro eu teria que viver na maior e melhor democracia continental do mundo. Infelizmente, vivo por aqui mesmo, em Banânia.
Assistir à turma de Hillary e Barack Hussein retomar o poder na Casa Branca me dói. Mas, sinceramente, figuras como Donald Trump, Jair Bolsonaro, Vladimir Putin, Viktor Orbán e outras asquerosidades do gênero não são fáceis de engolir.
Os Estados Unidos são, de tal sorte, institucionalmente organizados, que o estrago que maus presidentes podem produzir é bastante limitado. Porém, não há limite nem freio institucional para grossura, preconceito e xenofobia.
Se, por um lado, a vitória dos democratas significa um retrocesso no liberalismo econômico, por outro começa a pôr fim a um dos ciclos mais autoritários e separatistas da história recente norte americana. Graças, exclusivamente, ao bufão alaranjado.
Espero que Biden não repita os erros caros de Barack Hussein Obama na economia e relações exteriores. O mundo precisa de crescimento econômico urgente e acelerado, e boa parte disso vem sempre dos Estados Unidos da América.
Além disso, a aproximação dos EUA com tiranetes do Oriente Médio e milícias religiosas armadas, sob regência democrata, levou ao fim da estabilidade no Egito e na Síria. Ato contínuo, ao crescimento do terrorismo, do antissemitismo e do isolamento de Israel.
E o Brasil agora? Bem, o Brasil continuará sendo o que é: um insignificante parceiro comercial, um anão diplomático (como nos definiu, certa vez, um chanceler israelense) e a milionésima prioridade americana no campo externo.
Um dia, quando sentir vontade de comer hambúrguer, talvez Biden se lembre do Dudu Bananinha e convide Jair Bolsonaro para um encontro. Enquanto escuta as sabujices do amigão do Queiroz, o bolsokid poderá provar que é mesmo bom de chapa.
Por falar nessa gente, é bom que coloquem as barbas de molho. Obscurantismo, ódio, preconceito e arrogância cansam qualquer povo; mesmo os mais imbecilizados, como os bolsominions. Em 2022, Bolsonaro poderá ter, finalmente, seu dia de Donald Trump.