Nosso presidente passou a vida defendendo o golpe de 1964, o regime militar - aqui, no Chile ou onde fosse -, a tortura e quaisquer outras formas de autocracia, ditadura e repressão.
Contraditoriamente, como quase sempre em tudo o que faz, o “mito” também passou a vida desancando ditadores de esquerda e quem quer que lhes apoiassem, sobretudo por aqui, e principalmente o PT, PSOL e PCdoB.
Como uma das características mais marcantes do amigão do Queiroz é superar a própria asquerosidade a cada nova fala, essa semana, nosso protoditador compartilhou, orgulhosamente em suas redes sociais, os afagos recebidos de Vladimir Putin, o chefão da Rússia há mais de 20 anos.
O tirano russo elogiou as características masculinas do papis do “Homem de Seis Milhões de Rachadinhas”, e o fez subir às alturas do Olimpo. Afinal, ser elogiado pelo ditador da segunda maior potência nuclear do planeta é um troféu e tanto para os trastes da espécie.
Bolsonaro deixa ainda mais claro, assim, que, para ele, ditadura não é problema, mas sim qual o tipo e quem a comanda. A depender deste desafeto da democracia, em sendo ele e sua corriola, vinte, trinta anos no poder é exemplo da mais pura normalidade democrática. Ou, como já disse Lula, o corrupto e lavador de dinheiro, sobre a Venezuela: “tem democracia até demais”.
Essa gente cheira muito mal e se merece.