Olhem aqui: o Brasil é um país pródigo em produzir, reproduzir, manter, repetir e perpetuar desastres políticos. Senão vejamos: Sarney e família; Lobão e família; Collor; Maluf; Roberto Jefferson e família; Lula; Dilma; Renan Calheiros e família; Jader Barbalho e família. São tantos os velhacos do ‘pudê’, que eu poderia passar horas e horas grafando seus nomes e sobrenomes infames.
Não, meus caros, eu não me esqueci do mais pródigo dos trastes. Jair Bolsonaro e família têm um lugar especial guardado na minha ira e nas minhas orações (que não faço). O que este crápula produziu em apenas dois anos, somados todos os piores governos da nossa história, o placar a seu favor é maior que os 7x1 da Alemanha sobre o Brasil, na maldita Copa do Mundo de 2014.
Como iniciei esse texto, o Brasil, ou melhor, os brasileiros são insuperáveis na arte de errar sucessivamente em escolhas eleitorais. Assim, não cravo em 100% a chance deste psicopata genocida não vencer em 2022 (isso se não sofrer um impeachment antes, é claro). Não custa lembrar que todos os presidentes eleitos após a renúncia de Collor, foram reeleitos quatro anos depois.
Porém, diante de tudo o que este maníaco aloprado produziu desde que assumiu a presidência da República, e mais claramente após o início da pandemia do novo coronavírus, notadamente a tragédia imperdoável que se abateu sobre Manaus, começo a crer que os brasucas poderão, finalmente, não errar tanto e escolher algo menos pior e menos danoso que o devoto da cloroquina.
Quem? Bom, aí veremos mais adiante quem serão os candidatos. Mas uma coisa é certa: dentre os nomes possíveis, absolutamente nenhum seria - ou será - tão desastroso quanto o maldito “compadre” de miliciano. E olhem que estou falando de figuras horripilantes (na minha concepção de mundo), como Ciro Gomes e Fernando Haddad, por exemplo, que jamais contarão com meu voto.
Em 2018, como tantos milhões de brasileiros fastiados e enojados com a cleptocracia lulopetista, e após ser um dos poucos eleitores do genial (repito: na minha concepção de mundo) Henrique Meirelles, não tive escolha senão votar - de olhos fechados e nariz tampado - no ogro ignorante que prometia ser a antítese de todo o mal dos treze anos anteriores. Pois é. Quebrei a cara!
O nefasto curandeiro do “tratamento precoce” não só não é a antítese de nada que presta, como exatamente o mesmo tipo de meliante que os anteriores, só que piorado, pois genocida e afeto a golpe militar. De resto, é associado à corrupção (vide o centrão), à impunidade (vide o filhote) e ao corporativismo estatal, além de extremamente incapacitado e ignorante (mais que Dilma Rousseff).
Diante deste tsunami do caos que é o pai do senador das rachadinhas, nem que seu opositor, num hipotético segundo turno em 2022, seja uma mistura de Lula com Dilma, temperada com Ciro e Cabo Daciolo, votarei nele outra vez. O que não significa, é claro, que votarei no filhote de cruz credo que criei como exemplo. Pela primeira vez na vida, nem sairei de casa para votar. Já me basta um erro.
É lógico que faço parte de um estrato social minoritário da sociedade brasileira, e por isso minhas preferências e escolhas não refletem, necessariamente, uma tendência do “todo”. Em verdade, nem no meu próprio meio, infelizmente, encontro maioria absoluta consonante com minha opinião sobre este canhestro. Ainda assim, penso que a derrocada deste ignóbil pode, sim, ter finalmente se iniciado.
Tenho cobrado aqui, quase semanalmente - e quase solitariamente na grande imprensa - , uma atitude rígida e efetiva contra os desmandos (que considero crimes) deste beócio que ocupa o Planalto. Finalmente, nesta sexta-feira (15), vozes oficiais e poderosas como as de Rodrigo Maia, João Doria e dezenas de parlamentares influentes, soaram mais alto, mais duras e mais assertivas.
Bolsonaro precisa imediatamente ser parado. Precisa encontrar freios na Justiça e na Política. Desenhando: no STF e no Congresso. O primeiro deve impedi-lo de continuar a política negacionista, genocida e curandeira no enfrentamento à Covid-19. O segundo deve tratar ou do seu impedimento imediato, que seria melhor e mais adequado, ou do seu enterro eleitoral para 2022.
Como diriam os nobres advogados em final de petição, diante de todo o exposto, peço e espero deferimento, sob a forma de retumbante rejeição ao marido da receptora de cheques de milicianos, aos mais de 100 milhões de eleitores do País. O Brasil não aguentará mais quatro anos de bolsonarismo na veia. Já será praticamente insuportável aguentar os dois anos que ainda restam.
Mandar Bolsonaro, seus filhos e correligionários; seus parceiros de milícia, de negacionismo, de obscurantismo, de preconceito, de crendices, de ignorância absoluta, de agressividade, de educação canina, e toda a malta cibernética que lhe apoia, emporcalhando as redes sociais, para o fundo da fossa política onde encontram-se Lula, Zé Dirceu e petralhada (bolsominions do Lula), é mandatório. É nossa única esperança de uma nova chance.