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Estado de Minas OPINIÃO SEM MEDO

COVID-19: um mês triste e evitável

Em janeiro, a 'gripezinha' e o 'não fique em casa' de Jair Bolsonaro mataram mais 30 mil brasileiros


16/02/2021 07:00 - atualizado 16/02/2021 07:18

(foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil )
(foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil )

Uma tragédia anunciada se abateu sobre o país neste começo de 2021. E não surpreende a ninguém - com ao menos dois neurônios ativos e um mínimo de racionalidade - este recorde negativo de mortes

A Europa já havia assistido a uma terrível segunda onda de COVID-19 após as férias de verão, em que os jovens, principalmente, tiraram todo o atraso e resolveram ser felizes, curtindo as praias e as festas.

Os Estados Unidos, ignorando o alerta europeu, não abrandaram a comemoração do “Dia de Ação de Graças” e assistem, até hoje, a números recordes de infecções pelo novo coronavírus e de mortes diárias.

No Brasil, uma parcela considerável da sociedade, formada por irresponsáveis egoístas e/ou negacionistas ignorantes, ligou o tal “dane-se” e promoveu festas de natal e de revéillon gigantescas.

Para piorar, um verão escaldante, sem jamais nos esquecermos, é claro, do psicopata na Presidência da República e do bibelô no Ministério da Saúde, resultaram na ausência de medidas profiláticas.

Como consequência, apenas em janeiro o Brasil contou 30 mil mortos por COVID-19 e quebrou o recorde negativo de julho de 2020. Surpresa? Nenhuma. Até quem maldizia o distanciamento social sabia disso.

A boa notícia é que, com as novas medidas de restrição adotadas país afora, a transmissão e as mortes irão diminuir. A má, contudo, é que seguimos com um governo inoperante, suicida, e sem vacinas.

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