Israel é o país mais adiantado na vacinação contra a COVID-19 do mundo. E o motivo não é seu tamanho e população pequenos, mas eficiência: um primeiro-ministro atuante que ligou de manhã, de tarde, de noite e de madrugada (palavras do próprio Benjamin Netanyahu) para o CEO da Pfizer - que nos ofereceu 70 milhões de doses de vacina e nem resposta recebeu - e um brilhante time de especialistas em saúde e logística.
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Sem feitos para mostrar, resta a Bolsonaro, tumultuarFake ou fato: mãe de Bolsonaro é vacinadaO que Bolsonaro diz e escreve pode matarO bolsonarismo é como o lulopetismo: pestilentoAgora que a cloroquina - já considerada ineficaz há muito tempo - foi ridicularizada por todos os órgãos respeitados do Brasil e do mundo, e também por diversos governos e governantes estrangeiros, isolando de vez o negacionista e pseudo presidente brasileiro, e o tal tratamento precoce deixou de ser caso de política e tornou-se caso de polícia, o amigo do Queiroz tratou de arranjar uma nova pirita para eriçar o couro da manada.
O pai do senador das rachadinhas soube que, em Israel, um spray nasal obteve resultados promissores contra a COVID-19. Açodado e diversionista, tratou de alardear o medicamento como sua nova panaceia. Porém, entre o exagero do energúmeno e a efetiva utilidade da droga, há um abismo de fases, testes, regulamentações e, dando tudo certo, negociação, produção, logística. Ou seja, nada que resolva nossa vida hoje.
O medicamento é, de fato, uma droga promissora, mas foi testada em não mais que trinta pacientes, e não é prioridade nem em seu próprio país, que segue firme na vanguarda da vacinação. Bolsonaro - o marido da receptora de cheques de milicianos - consciente de sua incapacidade de prover vacinas aos brasileiros, investe em um novo diversionismo para tentar esconder nossa triste realidade: não temos vacinas!
Como todo capacho, Bolsonaro precisa de um líder para seguir. Precisa de exemplos para copiar. Primeiro foi Donald Trump: com o bufão americano aprendeu que a China criou e espalhou o vírus, e que a cloroquina salvaria a humanidade. Agora que quebrou a cara, o maníaco do tratamento precoce tenta colar em “Bibi”. Tenta transformar o spray israelense em sua nova cloroquina, e o primeiro-ministro de Israel em seu novo Trump. Não vai conseguir.