“No que depender de mim, não teremos lockdown”, Jair Bolsonaro. “O Ministério da Saúde não é fábrica de soluções”, Eduardo Pazuello. Juntos, os maníacos do tratamento precoce lideram o País rumo ao Olimpo do caos. Ambos não sabem o que fazer, isso é indiscutível.
O Brasil é uma espécie de composição em alta velocidade, sem freios, guiada por um louco, cego, surdo e incapaz de manusear uma caixa de palitos de fósforo adequadamente, prestes a descarrilar seus inúmeros vagões lotados sobre um viaduto alçado a 250 metros de altura.
Dentro deste trem da morte, mais de 210 milhões de pessoas estão à mercê dos desvarios de um maquinista macabro e sua tripulação de anjos da morte, a começar pelo co-maquinista de nome Pesadelo, digo Pazuello, um vassalo das crendices e do negacionismo do seu capitão.
A tragédia destes dias inaceitáveis era mais que anunciada, e não só não foi evitada como foi estimulada por políticas homicidas e por gestos e palavras suicidas, gestados e propagados a partir de Brasília, o lar das sábias emas, que “deram de ombros” para o verdugo do Planalto.
Não precisávamos enterrar, até hoje, sexta-feira (05), 260 mil corpos vitimados por COVID-19, nem contar, há 45 dias seguidos, mais de 1.5 mil óbitos. Bastava o mínimo de liderança e de coesão nacional para diminuir drasticamente estes números desumanos e quase propositais.
Porém, o que se viu, foi uma verdadeira peregrinação em massa, rumo ao necrotério geral, sob inequívoca condução de Jair Bolsonaro, luxuosamente assistido por Eduardo Pazuello, os maníacos do tratamento precoce e devotos da Santa Cloroquina do Décimo-quarto Dia.
A dupla minou o início adiantado da vacinação, desabilitou milhares de leitos de UTI por todo o Brasil, desdenhou da iminente falta de oxigênio no Amazonas, não providenciou seringas e agulhas em quantidades necessárias, e exterminou, indiretamente, algumas vidas brasileiras.
Não é injusto nem exagerado, muito menos leviano, responsabilizar presidente e ministro pelo caos atual e pelo número cruel de mortes. Juntos, premeditadamente ou não, por omissão ou incompetência, por pouco caso ou estupidez, é certo que, em alguma medida, são culpados.
Se, por um lado, o ministro se declara incapaz de apresentar soluções, por outro, o amigão do Queiroz continua a cruzada pró-aglomeração, anti-máscara e francamente apologista ao suicídio coletivo. São os guias de milhões de pobres incautos ou mesmo devotos fanáticos.
Não sou Deus para perdoar nem Jesus Cristo para oferecer a outra face. Ao contrário. Sinto muita raiva e profunda revolta com tudo isso, pois compreendo perfeitamente a dor de cada parente/amigo de vítimas fatais, e mesmo de recuperados sequelados, que não são poucos.
Por isso bato tanto, tão forte e com tamanha frequência nessa gente asquerosa que lidera o Brasil rumo à cova. Não se trata de ser repetitivo ou monotemático, apenas sintonizado com aquilo que mais importa neste momento: leitos hospitalares, vacinas e vidas humanas.
Jair Messias Bolsonaro, pai do senador das rachadinhas e da mansão de 6 milhões de reais, é incompatível com as demandas acima. Precisa ser imediatamente “impichado” para, logo em seguida, responder criminalmente por seus atos homicidas na Presidência da República.