A decisão do ministro Edson Fachin de anular todos os processos do ex-presidente Lula na Lava Jato de Curitiba, tornando o petista elegível novamente, sacudiu como um terremoto o tabuleiro da eleição presidencial de 2022, e promete trazer novas e fortes emoções até o fim.
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O STF virou a casa da mãe Joana, e alguns ministros, a GeniO apoio de Zema a Bolsonaro: Quanto vale uma reeleiçãoLula, Bolsonaro e companhia conseguem piorar o que já é ruimBrasil: o mal reencarnado acertando contasPelo impeachment coletivo do STFBolsonaro impulsionou a COVID no país; agora reclamaUma outra importante variável, nada desprezível, é o fortalecimento da candidatura do eterno coadjuvante Ciro Gomes, que poderia atrair parte do eleitorado - bem como dos partidos - de esquerda, avesso a apoiar aqueles que tanto desgosto e traição lhe trouxeram: Lula e o PT.
Mas, ainda mais provável e eleitoralmente viável, seria uma candidatura que unisse a tal da centro-direita, que contaria com forte adesão “anti”: anti-PT, anti-esquerda e anti-Bolsonaro, hoje, provavelmente, uma parcela de eleitores bem superior aos dois extremos somados.
Contudo, tal candidatura precisaria de um nome de consenso não só neste eleitorado “anti”, mas, principalmente, dentre os próprios postulantes e partidos de centro-direita, além, claro, de não contar com uma rejeição intransponível dos eleitores e partidos de centro-esquerda.
O diabo para quem, como eu, torce para que este “salvador da pátria” apareça logo de uma vez, é que não há, até o momento, esse nome de consenso. Moro? Mandetta? Doria? Huck, ainda que este não possa ser considerado centro-direita, mas, sim, centro-esquerda?
Para piorar, com a “bomba fachiniana”, não há mais muito tempo para conjecturas e fofocas, pois os “players” botaram os blocos na rua. Lula fez seu teatro no sindicato dos metalúrgicos do ABC; Bolsonaro retrucou Lula, e Ciro partiu para a pancadaria generalizada de sempre.
Se a centro-direita não ocupar rapidamente um espaço neste debate, condenando a manobra que devolveu os direitos políticos a Lula; explorando todas as gravíssimas fragilidades deste desgoverno Bolsonaro, e chamando Ciro Gomes de Ciro Gomes, perderá o trem outra vez.
Apenas peço encarecidamente que não me venham com outro picolé de chuchu. Se for para entregar, ou melhor, manter o País com o demônio, seja ele de extrema direita ou de extrema esquerda, ao menos que seja lutando honrosa e bravamente. Chega de tucaninhos diante de leões.