Há um ano o verdugo do Planalto não só boicota toda e qualquer medida de prevenção sanitária como promove, com suas atitudes e declarações, a propagação do coronavírus.
Desde o início da pandemia no Brasil, o devoto da cloroquina fez pouco caso da doença e de suas consequências. Minimizou a gravidade dos fatos, espalhou mentiras, fez previsões sem quaisquer fundamentos científicos e promoveu arruaças públicas.
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Brasil: Bolsocaro, sem vacinas, à beira do colapsoDenúncia: Bolsonaro quer me matarOu a centro-direita sai do armário ou perderá o trem 2022Todos os estudos mostravam que, quanto mais se investisse em isolamento social, mais cedo cidades, estados e países se livrariam do ápice dos casos e, consequentemente, menores os impactos sociais e econômicos.
Mas o amigo do Queiroz nunca quis saber. Ciência, medicina, hospitais, médicos e entidades renomadas? Que nada. Para o pai do senador das rachadinhas e da mansão de 6 milhões de reais, Osmar Terra e Olavo de Carvalho é que sabem tudo.
O caos finalmente chegou. Sem liderança nacional e plano em conjunto, prefeitos e governadores, cada qual com suas aflições e crenças, tomaram medidas isoladas e nem sequer apoio tiveram do governo federal. Obviamente não funcionaria, como, de fato, não funcionou.
Caminhamos para mais de 3 mil mortes por dia, superlotação dos sistemas de saúde público e privado, incapacidade funerária – sim; não conseguiremos enterrar os mortos – e o tão falado “lockdown”, que nunca tivemos no país, agora será a única solução.
O resultado é que, mais de um ano após o primeiro caso de COVID em território nacional, enquanto diversos países deixam para trás, com vacinas e outras medidas profiláticas, a doença e as mortes, reabrindo suas economias e caminhando pra frente, o Brasil vive seu pior momento, sem qualquer perspectiva de melhora para os próximos três meses no mínimo.
Bolsonaro e seu governo negacionista, sobretudo o próprio presidente com suas falas homicidas, nos trouxeram até aqui. Se a responsabilidade não é toda dele, é em grande parte ao menos. Agora, ao continuar a lamúria e as mentiras sobre “lockdown”, novamente tenta transferir aos prefeitos e governadores uma culpa que é sua.