Em mais alguns poucos dias, chegaremos ao macabro e inaceitável número de 300 mil mortes por COVID-19 no País. Inaceitável para mim e talvez para você, leitor amigo, leitora amiga, pois há muita gente que “nem te ligo farinha de trigo" para o que está acontecendo.
Dentre essa “gente”, o expoente máximo é ninguém menos que o presidente da República, Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, que de Messias só tem o nome do meio, pois muito mais próximo de um cruel anjo da morte que de um salvador. Ou de um redentor.
A lista dos malfeitos do devoto da cloroquina é sabida de cor: aglomerações e incentivos à estas; pregação contra o uso de máscaras e vacinas; recomendação de tratamentos fictícios e remédios ineficazes; desprezo pela vida humana e absoluto descaso no trato da doença.
A política homicida do governo federal é mais do que omissa ou incapaz; é criminosa! E mais do que sabotar as medidas sanitárias e atrasar ao máximo o início da vacinação, Bolsonaro e seus atuais (dois) capachos inoperantes, a cada dia renovam o pacto do País com as mortes.
Há uma semana o Brasil tem dois ministros da Saúde e não tem nenhum. É incrível, mas há sempre um alçapão no fundo do poço do desgoverno Bolsonaro. O amigão do Queiroz já não se contenta com o colapso; ele agora quer o caos. Quer, verdadeiramente, o caos!
Sem vacinas e sem qualquer plano federal de combate ao novo coronavírus e suas inúmeras novas variantes, o Brasil está entregue, de joelhos, à própria sorte, que, neste caso, é azar mesmo, pois não há saída em curto ou médio prazos para a cova em que nos meteram.
Ao colapso do atendimento hospitalar, soma-se a falta de oxigênio - novamente! - em diversas regiões, e, agora, o risco iminente de falta de anestésicos e de “kits” para intubação, algo que vem sendo alertado às autoridades federais desde meados do ano passado.
O ex-ministro em atividade, Eduardo Pazuello, segue sem fazer nada de prático e a mentir como de costume. O atual ministro em inatividade, Marcelo Queiroga, a tudo assiste e, igualmente, sem nada fazer. Afinal, o chefe não quer. E ordens são ordens, oras bolas.
O pai do senador das rachadinhas e da mansão de 6 milhões de reais bem que poderia nos economizar uns trocados e demitir os dois postes. Mas talvez seja essa a questão: Bolsonaro emplacou dois funcionários-fantasmas de propósito. Para quê? Bem, perguntem ao Queiroz.