Jornal Estado de Minas

OPINIÃO SEM MEDO

Xô, Ernesto Araújo! O Itamaraty levará décadas para ser higienizado

O pior governo de toda a nossa história não poderia mesmo contar com nada menos que os piores ministros também. Vamos a uma breve lista?

Marcos Pontes, o astronauta que anunciou a cura da COVID em meados do ano passado. Milton Ribeiro, o pastor que substituiu o maluco Abraham Weintraub, que substituiu o não menos maluco Ricardo Vélez. Ricardo Salles, o da boiada. Damares Alves, que encontrou Jesus na goiabeira. Eduardo Pazuello, o general-fantoche. Onyx Lorenzoni, que descobriu que insetos disseminam o coronavírus. Marcelo Álvaro Antônio, do laranjal do PSL. Osmar Terra, o gênio da imunidade de rebanho. E aí? Basta ou querem mais?

O desgoverno Bolsonaro é tão ruim, mas tão ruim, que o super ministro Paulo Guedes, sem fazer absolutamente nada, é considerado seu esteio. E o ministro Tarcísio Freitas, um herói nacional, simplesmente porque termina obras inacabadas. Sem falar, é claro, na ministra do boi-bombeiro, Tereza Cristina. Os três são considerados “ótimos ministros”. Por quê? Porque ao menos são pessoas “normais”, o que, convenhamos, diante de um presidente como Jair Bolsonaro e seus bolsokids, é um feito e tanto.





Bem, nesta segunda-feira (29/3), para a surpresa de ninguém, caiu o aloprado Ernesto Araújo, o pior e mais danoso ministro das Relações Exteriores que o Brasil já teve. Um energúmeno que conseguiu a proeza de isolar o país e comemorar o fato de termos nos tornado um pária internacional. Um gênio da diplomacia que “tretou” com a China (simplesmente o nosso maior parceiro comercial), com os Estados Unidos (o segundo maior), com a Argentina (o quarto) e com toda a União Europeia. Na boa, o cara é mais destruidor que qualquer pandemia. Basta fazer as contas direitinho.

O extremista olavete é apenas mais um bolsonarista valentão de rede social que não resiste a um simples sopro de legalidade, e cai como jaca madura. Foi assim com o tal Weintraub, que se picou daqui “correndinho” com medo de ser preso. Foi assim com o secretário de Cultura, o “nazistinha de merda” Roberto Alvim. Foi assim com o deputado brutamontes do PSL, que viu o sol nascer quadrado por mais de um mês. E será assim com absolutamente todos estes trogloditas que o verdugo do Planalto insiste em empoderar. É o tal negócio do “diga-me com quem andas”. Esse tipo de traste está para Bolsonaro como Bolsonaro está para ele. E o próximo tem nome e sobrenome; Filipe Martins, o assessor do devoto da cloroquina que fez gestos de cunho racista em plena sessão do Senado federal.

O Brasil possui uma sólida e honrada tradição na sua diplomacia. Nomes como José Bonifácio, Aureliano Coutinho, Quintino Bocaiuva, Nilo Peçanha, Francisco Negrão de Lima, Horácio Lafer, Afonso Arinos, Celso Lafer, Francisco Rezek, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Felipe Lampreia, José Serra, dentre tantos outros gigantes que não estão citados aqui, não mereciam ter um Ernesto Araújo ao seu lado. O Congresso deveria aprovar uma lei para retirar o nome deste bilontra dos anais do Itamaraty. Levará décadas até o belíssimo palácio de Niemeyer ser desinfetado da gosma ideológica babada por este cretino.




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