Já não adianta mais adjetivar os dias, semanas e meses como os “mais tristes” da história, pois os sucessivos recordes negativos desmentem a superlatividade anterior.
A barreira de mil mortos por COVID-19, em único dia, foi solenemente ignorada; a de dois mil mortos, relativizada; a de três mil, pouco tempo atrás, aceita como algo inevitável.
quatro mil mortes em 24 horas e prosseguimos, a passos firmes, rumo a cinco mil. No Brasil de Bolsonaro, o verdugo do Planalto, o céu é, literalmente, o limite.
Acabamos de superar O presidente da negação, da discórdia nacional, dos tratamentos falsos, das aglomerações, da inoperância, das mentiras e das omissões é indiscutivelmente o grande responsável.
Não só ele, é claro. A China, que escondeu a gravidade da doença, e boa parte da população brasileira (irresponsável, ignorante e negligente) são corresponsáveis pelo caos.
Também os demais Poderes constituídos - Judiciário e Legislativo -, igualmente omissos e até mesmo cúmplices em alguns casos, têm de ser responsabilizados e cobrados.
Mas ninguém, absolutamente ninguém, aqui e no mundo, foi tão amigo do coronavírus e tão sócio da pandemia quanto Jair Messias Bolsonaro, o devoto da cloroquina.
Não há viva alma, por mais estúpida e negacionista, por mais cruel e psicopata que seja, capaz de fazer e falar tudo o que já disse e fez o amigão do miliciano Queiroz.
Há alguns poucos dias ouvimos “vão chorar até quando”? E também: "chega de mimimi”. Pois é. Os cemitérios, hoje, estão cheios de “maricas” que enfrentaram o vírus de peito aberto.
O pior é que o “pior” está por vir, pois este mesmo presidente que recusou 130 milhões de doses de vacinas em meados do ano passado, insiste em repetir todos os erros.
Continua enaltecendo o inútil tratamento precoce e a cloroquina que até as emas recusaram. Continua não usando máscara, promovendo aglomerações e maldizendo o distanciamento.
E continua sem comprar vacinas, bem como a jogar o povo contra prefeitos e governadores. Continua mentindo descaradamente. No limite, continua ajudando a matar os brasileiros.