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Estado de Minas OPINIÃO SEM MEDO

Vergonha alheia: Zema e Kajuru 'passam pano' para Bolsonaro

Como na antiga marchinha de carnaval, 'o cordão dos puxa-saco cada vez aumenta mais'


12/04/2021 07:02 - atualizado 12/04/2021 07:43

Um domingo de cabeça cheia, com Kajuru, Bolsonaro e Zema(foto: Geraldo Magela/Agência Senado / Agência Brasil / Gil Leonardi - Imprensa MG )
Um domingo de cabeça cheia, com Kajuru, Bolsonaro e Zema (foto: Geraldo Magela/Agência Senado / Agência Brasil / Gil Leonardi - Imprensa MG )


Eita domingão da peste, viu!! O Galático, cheio de salto alto, levou um sapeca do Cruzeiro, cheio de brio, comprovando mais uma vez que o jogo é jogado e futebol é bola na rede. 

Banho tomado, cabeça inchada e lá vou eu passar raiva. Leio a entrevista do governador Romeu Zema para a Folha, e juro que o entrevistado foi um tucano chamado Jair Bolsonaro.

Sim, porque Chico Bento não respondeu nada do que lhe foi perguntado, ora desviando do assunto, ora ficando sobre o muro, ou deu declarações dignas do amigão do Queiroz.

O governador mineiro, além de repetir várias lorotas do pai do senador das rachadinhas e da mansão de 6 milhões de reais, disse que “há certa perseguição ao presidente” e que “as críticas são exageradas”. Exagerado, meu caro Zema, são 350 mil mortos por COVID-19.

Mas não só. Em defesa do devoto da cloroquina, o político do NOVO disse ser injusto o rótulo de genocida atribuído ao mesmo, pois há países com mais mortes por milhão de habitantes, e até mesmo entre os estados brasileiros há diferença nas taxas de mortalidade.

Ocorre que em nenhum destes países ou estados, o chefe do executivo negou e minimizou a doença; desdenhou das mortes e humilhou as famílias; promoveu e incentivou aglomerações; fez propaganda de tratamento fictício; pregou contra o uso de máscaras; chamou seu povo de maricas e o encorajou a “enfrentar o vírus de peito aberto”; boicotou a importação, produção e distribuição de vacinas, e espalhou notícias falsas.

Mas o domingo não estava completo. Depois do Galo e do Chico Bento, me deparo com o telefonema entre o senador Jorge Kajuru e o verdugo do Planalto. Que coisa horrorosa, meu Deus! Que sabujice, que humilhação, que falta de amor próprio.

Pior ainda é ver que tanto o senador quanto o presidente estão preocupados apenas com si mesmos. Kajuru não quer saber de cobrar hospitais, vacinas e remédios, não. Quer apenas que o maníaco do tratamento precoce fale bem dele. Que deixe claro para o Brasil que é amiguinho, que é bonzinho, que é parça do presida. Por favor, mito amado!!

Já o marido da receptora de cheques de miliciano não tocou em coronavírus, doentes, mortos ou vacinas. Que nada! Só quer saber de “alargar a CPI para governadores e prefeitos” para, ao final, misturar tudo e não dar em nada. E quer o impeachment dos ministros do Supremo. Não o Kássio. Nem o Toffoli e o Gilmar; estes são “coisa nossa”. Mas o Moraes e o Barroso.

Bolsonaro é isso mesmo e não surpreende mais ninguém. Só não esperava de Zema e de Kajuru tamanha “babação de ovo”. Eis os versinhos que tanto merecem: 

Lá vem o cordão dos puxa-saco / dando vivas aos seus maiorais / Quem está na frente é passado pra traz / Vossa excelência, Vossa eminência / quanta referência nos cordões eleitorais / Mas se o doutor cai do galho e vai ao chão / a turma logo evolui de opinião / e o cordão dos puxa-saco / cada vez aumenta mais.

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