Perguntar não ofende, governador: o Partido Novo aprovaria para candidato alguém com o passado, como parlamentar, e o presente, como gestor público, de Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto?
Acaso o amigão do Queiroz fosse filiado ao NOVO, o partido permitiria as falas e atitudes homicidas relacionadas à pandemia do novo coronavírus? Na avaliação dos encarregados em analisar o comportamento ético e a eficiência gerencial dos políticos e governantes que foram eleitos, o devoto da cloroquina se sairia bem?
Será que os filiados, militantes e eleitores do Partido Novo estão satisfeitos com a falta de vacinas e de medicamentos para intubação? Será que concordam que máscara não ajuda em nada, que aglomerações não trazem riscos e que velar e chorar os entes queridos mortos não passa de mimimi?
Fico aqui pensando, meu caro Chico Bento, naquelas planilhas de gestão, naqueles painéis de medição de resultados, nos processos organizacionais, na obsessão por produtividade e eficiência, na meritocracia. Em todas as boas práticas corporativas tão comuns e tão caras a empresários de sucesso como o senhor. Não valem para o governo Bolsonaro?
O Novo nasceu diferente para ser… diferente! Ainda que custe não crescer como o desejado. Ainda que custe uma eleição ou, no caso, reeleição. Ainda que custe ser o partido do sapatênis. Tornar-se adesista ao pai do senador das rachadinhas e da mansão de 6 milhões de reais é tornar-se cúmplice e conivente com 400 mil mortes por COVID-19.
Minas é muito maior que Jair Bolsonaro. O senhor é muito maior que Jair Bolsonaro. Os mineiros são muito maiores que Jair Bolsonaro. Coragem, governador! Lugar para compadrio é no PT. Lugar para indecisão é no PSDB. Os mineiros votaram na mudança. Seja, pois, o governador que escolheram. Ou arrisque-se a pagar o preço pela covardia.