Jornal Estado de Minas

OPINIÃO SEM MEDO

Bolsonaro assumiu a destruição e terceirizou (e mal) a construção

Na minha infância havia um seriado de ficção chamado Perdidos no Espaço. Havia um robô bonzinho que, certa vez, reprogramado para o mal, saía à caça de seus amigos repetindo: “procurar, encontrar, destruir”.





Desde seu discurso de posse, quando do púlpito do Palácio do Planalto anunciou que destruiria a esquerda brasileira, o presidente Bolsonaro se encarregou de um projeto pessoal e obsessivo de destruição; de algo ou de alguém.

Ignorante confesso, o verdugo do Planalto terceirizou - e mal! - todas as demais competências do governo, exceto, mais recentemente, a questão da Saúde. É clássico o apelido “Posto Ipiranga" do ministro Paulo Guedes.

A Educação foi entregue a malucos olavistas, e hoje estamos no terceiro ou quarto ministro que ninguém nem sequer sabe o nome. A Segurança, idem. Após a saída de Sergio Moro a pasta se tornou cabide de emprego de puxa-saco.





O Meio ambiente levou o País ao isolamento mundial. As Relações Exteriores nos transformaram em pária internacional. A Cultura acabou. Salvo o Ministério do Desenvolvimento, a terceirização da ignorância presidencial foi completa.

Ao tentar se meter em alguma área, o amigão do Queiroz conseguiu, no caso da Saúde, trocar três ministros em menos de um ano e levar 370 mil brasileiros à morte precoce, que, no caso, não é o tratamento curandeirista que tanto ama.

Nestes dois anos e meio de puro desgoverno, a rotina diária do devoto da cloroquina resumiu-se em guerrear e, como dito, em destruir. Destruiu a política, a paz social, a harmonia entre os Poderes, o meio ambiente e a imagem do País.





Destruiu também a reputação das Forças Armadas e do SUS. E ao insistir no autogolpe e nas intervenções desastradas na economia, exterminou o valor do Real. Sem deixarmos de lembrar da destruição completa da Operação Lava Jato.

O pai do senador das rachadinhas e da mansão de 6 milhões de reais não possui qualquer ideia ou plano de construção. Se possui, até hoje não apresentou nenhum. Sua gênese é a aniquilação. Sua pulsão é a de morte. Está funcionando bem.

audima