Jornal Estado de Minas

OPINIÃO SEM MEDO

7x1 no Pânico: economista destrói deputado arrogante

Cidadania é um conjunto de atitudes, é a qualidade de ser cidadão, é ter consciência de seus deveres e direitos. É, sobretudo, zelar por sua cidade, estado e país. Quando a cidadania se vai, a selvageria assume o comando.







A política é o exercício da cidadania. Infelizmente, há cidadãos que, ao se tornarem políticos, esquecem o que pregavam e passam a agir exatamente como aqueles que criticavam, antes de se tornarem mais um da tigrada.

Costumo dizer o seguinte: nunca pedi para político e governante algum se candidatarem. Os caras vieram até mim, venderam suas qualidades, prometeram mundos e fundos e venceram as eleições? Beleza. Compromisso.

Estão ganhando uma puta grana e gozando de benefícios e privilégios impensáveis para nós, mortais pagadores de impostos, para entregarem tudo aquilo que prometeram? Sim, estão. Que entreguem, pois, caramba! 

Do contrário, será porrada - no sentido figurado, é claro - de manhã, de tarde e de noite. E se sobrar algum tempo, de madrugada também, que é para ficarem bem espertos. Esse pessoal é que nos deve; não o oposto.





E mais: se cumprirem direitinho o prometido, que sejam justamente reconhecidos e recebam os parabéns pelo bom trabalho. Mas só! Nada de “muito obrigado” ou “eu te amo”. Nenhum deles trabalha como voluntário.

Infelizmente, sei lá por que, milhões de brasileiros pensam que essa gente merece idolatria e subserviência. Imaginam que são eles os patrões, e que nós somos seus empregados. Em vez de cobrarem, passam pano.

Mas há também quem não se mova por carência afetiva de pai e mãe, nem se sujeite a viver em bando. Ou em manada, no linguajar atual. Há quem não precise lamber botas por aí e que tenha amor próprio o suficiente.





São essas pessoas, como Samy Dana e eu, e como milhões de vocês também, que colocam os servidores públicos remunerados na condição de… servidores públicos remunerados!! Nada mais, nada além, simples assim.

E como qualquer trabalhador remunerado, políticos e governantes também devem resultados, explicações e satisfações aos seus mantenedores. E o deputado federal Marco Feliciano (Republicanos-SP) não é diferente, não.
 

 

Ao ser questionado ao vivo no programa Pânico, da Jovem Pan, por Dana, o “sustentado” se insurgiu contra o “sustentador”. Marco não gostou de ser criticado por um tratamento de 150 mil reais, espetado no nosso lombo.





O deputado partiu para cima do economista, imaginando poder intimidá-lo, e foi luxuosamente auxiliado pelo dono do programa, Emílio Surita. E não é a primeira vez. Não por acaso a rádio vem sendo chamada de Jovem Pano.

Numa asquerosa inversão de valores, o político tentou fazer do radialista um idiota qualquer a quem não deve satisfações, mas se deu mal. Foi colocado no devido lugar de quem tem, sim, de explicar “onde e como” torra nossa grana.

Samy fez picadinho de Feliciano, que se socorreu no tradicional vitimismo, novamente sendo acolhido por Surita. Ao final, o clima era de puro constrangimento. Dana fez seu papel. Emílio, infelizmente, sujou o seu. Mais uma vez, aliás.

audima