Sabem aquela expressão popular que usamos diante de algo muito saboroso, “dessa fruta eu chupo até o caroço”? Pois é. Sempre que vejo ou ouço Ciro Gomes, o coroné de Sobral, penso exatamente no oposto.
Não há político neste País - na minha opinião, é claro - mais perigoso que o extremista de esquerda, agora fantasiado de centro-esquerda. Ciro consegue unir a truculência autocrata de Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto; o populismo asqueroso do coronelismo nordestino; as mentiras deslavadas, típicas dos embusteiros; as ideias anticapitalistas e pró-estatistas mofadas da esquerda falida mundial; o messianismo dos protoditadores e o despudor com o dinheiro do contribuinte, em causa própria, tão comuns à “esquerda-caviar”.
E tudo o que vai acima não são meras opiniões, pois casos reais corroboram cada “acusação” que faço. Por exemplo: casos em que o valente agride, inclusive fisicamente, ou ameaça com palavrões seus opositores, estão fartamente disponíveis no Youtube. Assim como os números inventados sobre economia ou a famosa promessa de limpar o nome de todos os brasileiros no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito). Ou ainda, suas declarações sobre taxação de lucros e grandes fortunas e o aumento do Estado na economia. Além, claro, da viagem aos EUA, com a família, em jatinho particular, custeada pelos cearenses.
Outra expressão popular reza que “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”. Diante do quadro tenebroso que se desenha para 2022, quando um líder de quadrilha de assalto a cofres públicos poderá vir a disputar a Presidência da República contra um homicida golpista parceiro de miliciano, a parcela majoritária do eleitorado brasileiro busca desesperadamente a tal da terceira via. O nome mais lembrado do momento, segundo todas as pesquisas - dentre os reais candidatos a pré-candidatos - é justamente o de Ciro Gomes, recordista mundial em disputar e perder eleições presidenciais. Por isso minha alusão ao ditado. Toc, toc, toc.
O coroné sabe que jamais terá outra chance assim, até porque os anos pesam e sua retórica tresloucada fica cada vez mais cansativa. Sabe também que, sem uma boa dose de marketing sobre si, leia-se, parecer o que não é, ou seja, a costumeira mentira cirista, irá perder mais uma eleição. Daí, num gesto grotesco como ele próprio, resolveu despejar uma fortuna - nossa, evidentemente - nos bolsos imundos de João Santana, ex-marqueteiro petista preso pela Lava-Jato, atolado até o último fio de cabelo em dinheiro sujo, roubado de todos nós pelo PT de Lula.
Ciro Gomes, o sedizente político mais honrado do Brasil, espera que Santana faça com ele o que fez com Dilma Rousseff, e juntos consigam enganar, mais uma vez, o trouxa do eleitor.