Marcelo Queiroga chegou ao Ministério da Saúde com status de cardiologista de primeira e politiqueiro de segunda. Se é bom médico ou não, eu não sei, mas “de segunda” é puro elogio; é de quinta para baixo.
Instado a se manifestar sobre a eficácia de cloroquina e ivermectina no tratamento da Covid, Queiroga saiu-se com respostas evasivas do tipo: “nem sim, nem não, muito antes pelo contrário”. Então, tá, né, doutor?
Na esteira do seu antecessor, o general-fantoche Eduardo Pazuello, foi obrigado a revisar, para baixo, cada anúncio que fez sobre novas doses de vacinas, até que desistiu e anunciou que não iria mais anunciar.
Dias atrás, numa demonstração de sabujice explícita, declarou que Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, é "excelente comunicador e maior ativo no enfrentamento à pandemia”. Só faltou: “se espirrar, saúde, chefe”.
Agora, definitivamente ambientado ao clube dos bolsominions, Marcelo Queiroga investiu contra a imprensa e sugeriu às empresas privadas que não anunciem em veículos que “não contribuem para o bem do País”.
O doutor ficou dodói, tadinho, porque foi fotografado sem máscara, e porque errou de forma bisonha o número de brasileiros vacinados, mostrando que é apenas mais um Pazuello sem farda e tão incapaz quanto.
Bolsonaro não escolhe seus ministros pelo que podem contribuir, mas, sim, pelo que podem destruir, e pela capacidade de subserviência extrema. Queiroga, em pouco tempo, mostrou ao chefe que não decepcionará.