São 14h30 desta terça-feira (11/5), e ainda prestando depoimento à Comissão parlamentar de Inquérito, que investiga supostas omissões do governo federal durante o combate à pandemia do novo coronavírus, e em especial à crise de oxigênio ocorrida em Manaus no começo do ano em que dezenas de cidadãos morreram por asfixia, o presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra já deu informações suficientes para a responsabilização do presidente Jair Bolsonaro e um possível pedido de impeachment.
Leia Mais
Kalil coloca vereador 'bolsokid' no lugar, mas se cala diante de verdadesBrasileiro médio é ignorante e alinhado com bolsonarismoGleisi x Bolsonaro: disputa por ponte escancara nossa pequenezPresidente da Anvisa 'bota na mesa' e Bolsonaro, como sempre, se acovardaMentiroso, Bolsonaro chama de 'verme' mais da metade do PaísCom luxuoso auxílio do STF, Bolsonaro ressuscitou LulaEleições 2022: o 'sonho' da terceira via mais distanteBarra foi explícito ao confirmar que participou de uma reunião ministerial no Palácio do Planalto, sob as ordens de Bolsonaro, no intuito de pressionar a Agência a dar o aval para a alteração da bula da medicação cloroquina, através de um decreto presidencial, a fim de permitir sua utilização no tratamento da Covid-19, na presença, inclusive, de Nise Yamaguchi, conhecida defensora da medicação - que não conta com evidências científicas - e que foi demitida do hospital Albert Einstein por receitar a droga. Nise não é integrante do governo.
Torres também deixou clara sua oposição às declarações e condutas do presidente, dizendo ser absolutamente contrário: “sou contra qualquer tipo de aglomeração. Eu não concordo. Falar em aglomeração, não usar álcool em gel, não usar máscara, negar as vacinas, não têm o menor sentido do ponto de vista sanitário”. E finalizou: “discordar de vacinas não guarda razoabilidade histórica”.
A declaração ocorreu em meio às críticas feitas a Bolsonaro pelo passeio de moto pelas ruas de Brasília, neste fim de semana passado. Fico aqui imaginando o humor do verdugo do Planalto, assistindo a este depoimento, onde está sendo minuciosa e devidamente retratado como negacionista, irresponsável e devoto da cloroquina.