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Estado de Minas OPINIÃO SEM MEDO

Mentiroso, Bolsonaro chama de 'verme' mais da metade do País

Não temos um presidente da República, apenas um inimigo da democracia e da saúde dos brasileiros


21/05/2021 07:36 - atualizado 21/05/2021 08:01

Bolsonaro segue defendendo o uso de medicamentos sem eficácia contra o coronavírus(foto: Reprodução/Facebook)
Bolsonaro segue defendendo o uso de medicamentos sem eficácia contra o coronavírus (foto: Reprodução/Facebook)


Para o verdugo do Planalto e a malta fanática que o venera, quem não se ajoelha perante o mito, parceiro de milicianos, é de esquerda. Compreensível. O que mais esperar de uma gente raivosa, rancorosa, limitada intelectual e culturalmente, órfã de figura paterna e incapaz de respeitar as diferenças?


Confiam no ex-juiz Sergio Moro, segundo o Datafolha, 56%. Consideram que foi justa a condenação de Lula, de acordo com o Instituto Paraná, 57%. Acreditam que o Brasil estaria pior se Lula fosse o presidente, conforme o Poder 360, 44%. Apoiam a pena de morte, informa o Datafolha, 57%.

Ou seja, nada mais ignorante, simplório e falso do que a crença de que, no Brasil, ou se é de esquerda ou de direita. Ao adjetivar gratuitamente mais da metade da população brasileira, que não se identifica nem com um nem com outro extremo, de “vermes”, o psicopata homicida chega ao fundo do esgoto. 

“Esquerda não toma ivermectina porque mata o verme que eles são”, disse na sua ‘live’ dessa quinta-feira (20/5), o sujeito que ajudou a disseminar o novo coronavírus pelo País e a ceifar 450 mil vidas. O mesmo sujeito que é próximo, ou melhor, era, do matador de aluguel, Capitão Adriano, já morto.

Para Jair Bolsonaro, dezenas de milhões de jovens Brasil afora e seus pais, mães, avós, gente honesta e zelosa, pessoas que jamais fizeram mal a uma formiga são “vermes de esquerda” apenas porque não tomaram nem tomarão o vermífugo que faz parte da garrafada fajuta da qual é devoto e maníaco.

Nessa mesma ‘live’, que se assemelha - e muito! - com aqueles vídeos antigos em que ditadores sanguinários como Chávez e Castro, ou terroristas como Bin Laden proferiam barbaridades e ameaças semelhantes, o vigarista mentiu de forma vil e despudorada a respeito de um artigo meu da semana passada.

Deturpando propositalmente o sentido do título do artigo, o falsário tentou vender a ideia de que sou homofóbico e considero “um crime” ser gay, vejam vocês. Mas para o azar do marido da receptora de cheques de milicianos, tenho dezenas de artigos publicados, justamente no sentido contrário. 

Além disso, amigos e familiares, gays ou não, sabem que sou diametralmente o oposto do que ele, aí, sim, é: um homofóbico cretino e preconceituoso contumaz. Bolsonaro se parece cada vez menos com um presidente, mas cola cada vez mais sua imagem à das figuras mais nefastas da história mundial.

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