A Argentina, de forma correta e responsável, diga-se, desistiu de sediar a Copa América deste ano, que acontecerá entre os dias 11 de junho e 10 de julho que vêm. Antes dela, a Colômbia, que seria outra sede, também declinou o convite. Afinal, com o descontrole da pandemia em seus territórios, nada mais coerente.
A Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), diante da encrenca, entrou em contato com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e propôs a realização do torneio aqui no Brasil. O convite, para a surpresa de ninguém, foi imediatamente aceito, assim como a autorização oficial, pelo governo federal, já concedida.
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Manifestações de sábado: bolsonaristas bebem do próprio venenoMarchas da morte: depois dos bolsonaristas, a vez dos lulistasEm pane mental, Bolsonaro oscila entre Dilma e MagdaSe não é surpreendente, não deixa de ser símbolo do que eu e tanta gente temos dito há mais de um ano: não há diferença entre Lula e Bolsonaro, e lulopetismo e bolsonarismo. Irresponsabilidade, populismo, desprezo pela vida e gana por mais oportunidades de corrupção são o combustível dessa escória.
Em 2014, o povo foi às ruas contra a Copa do Mundo. E olhem que, à época, ainda não sabíamos da missa a metade. A partir dali, o quadro político deu um cavalo de pau e a cleptocracia lulopetista entrou em irreversível declínio, até o impeachment da estoquista de vento e a eleição do homicida sociopata que aí está.
Pessoas morrendo como moscas por todo o País; atendimento hospitalar precário, quando não ausente; vacinação em ritmo de cágado; uma nova onda da doença a caminho; comércios ou fechados ou falidos; escolas sem aulas e alunos em casa. Afinal, qual razão social, econômica ou moral justificaria o torneio neste momento?
Jair Bolsonaro, o devoto da cloroquina, como sabemos, é mais do que ‘chegado’ à confusão. Para este lunático cruel, quanto pior, melhor. Talvez resida aí sua principal motivação: ver o circo pegar fogo! Seria a oportunidade para o ‘seu’ Exército intervir, e baixar o porrete nos “vermes comunistas maconheiros de esquerda”.