Jornal Estado de Minas

OPINIÃO SEM MEDO

Copa América: Bolsonaro marca outro golaço contra a vida



A Ademg informa: “em Brasília, Jair marca mais um. Novo Coronavírus 7 x 1 Brasil”. Se você não sabe o que é Ademg e jamais ouviu o locutor oficial do antigo Mineirão anunciar uma substituição, ou o placar dos jogos, não sabe o que perdeu.





Ademg era uma espelunca estatal, extinta em 27 de dezembro de 2013 por força da Lei 21.083, que cuidava do velho Magalhães Pinto - o estádio; não o político - e que significava Administração de Estádios do Estado de Minas Gerais.

E aí? Ficou feliz com a extinção? Pois não fique. Os Barnabés apenas mudaram de endereço e se aboletaram na Secretaria de Estado de Turismo e Esportes (SETES), que se transformou em SECULT (Secretaria de Cultura e Turismo).

Como já ensinou Lavoisier, Antoine Laurent (1743-1794), “na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Nos governos, também. Ah! Barnabé era um apelido para funcionários públicos improdutivos ou ‘fantasmas’, tipo o Queiroz. 





COPA OU COVA AMÉRICA?

Em meio ao descontrole da pandemia no País e beirando 500 mil mortos por Covid, nosso presidente, o verdugo do Planalto, não perdeu a oportunidade de empurrar a pelota para a casinha, ou melhor, empurrar mais brasileiros para o cemitério.

Com mais um gol de placa pelo time do coronavírus, o devoto da cloroquina correu para substituir a Argentina e a Colômbia na realização da Copa América deste ano, sabiamente apelidada de ‘Cova América’ pelo ex-ministro Luiz Henrique Mandetta.

Bolsonaro, há um ano e meio, faz a dupla com o maldito corona. E das boas, como Pelé e Coutinho, Reinaldo e Marcelo, Toby e Bendelack (sorry, hehe). Artilheiros da morte, estão goleando o Brasil como se fossem a Alemanha de 2014.





Foi o maníaco do tratamento precoce, em pessoa, que negociou com o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Rogério Caboclo, a realização deste torneio em solo bananeiro, ou melhor, brasileño, quero dizer, nacional.

NÃO SE FAZ COPA COM VACINAS

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Durante os protestos de 2011, por causa da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, Ronaldo Fenômeno entrou para a história não como artilheiro, mas como frasista dos piores: “não se faz Copa do Mundo com hospital”. 

Bolsonaro e o bolsonarismo são contumazes em atacar os cleptocratas lulopetistas usando a frase infame. E com razão, aliás. Nossa prioridade jamais poderia ser uma Copa do Mundo. Mas como o jogo só termina quando acaba, eis que o placar virou.

Aos 55’ do segundo tempo, com ajuda do VAR, o pai do senador das rachadinhas e da mansão de seis milhões de reais, de moto, ops!, de bicicleta, deu números finais ao placar de hoje: 462 mil maricas, que deram azar, ou valentões, que enfrentaram o vírus de peito aberto, não mais assistirão a qualquer Copa no Brasil.





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