Via de regra, imprensa - a livre, é claro! - e governos não se dão nada bem. E é assim no mundo todo. Chamado de ‘O Quarto Poder’, o setor vive um momento ímpar: ao mesmo tempo em que é contestado, atacado, boicotado e perseguido, goza, como nunca, de credibilidade. É na imprensa tradicional que as sociedades se socorrem em busca de notícias e informações confiáveis sobre a COVID-19.
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Com o conflito entre negacionismo e ignorância e ciência e medicina, o clima entre bolsonarismo e imprensa, que nunca foi bom, azedou de vez. E só não afirmo que atingiu os píncaros do ódio porque, há cada dia, os ataques se superam (pausa para um ‘mea culpa’). Hoje, Bolsonaro só não ‘prende e arrebenta’ jornalistas, este inclusive, porque não logrou êxito - nem jamais irá - no sonhado golpe de estado.
SÓ BOAS NOTÍCIAS
Esta semana chegou, para variar!, nos trazendo uma série de boas novidades. Na economia, por exemplo, recorde na balança comercial, com o maior superávit para maio desde 1989. O PIB, ainda ‘pibinho’, cresceu e já atingiu o nível pré-pandemia, ainda que de forma bastante desigual entre os setores. O dólar caiu, a bolsa subiu, as contratações formais cresceram e o comércio reabriu.
Na saúde, Serrana, uma cidade do interior de São Paulo, com cerca de 95% dos moradores vacinados, comprovou a eficácia da vacinação ao assistir o ‘quase fim’ de novos casos, doentes graves e mortos pelo coronavírus. Além disso, a Pfizer começa a entregar lotes robustos de seu imunizante, e quantidades enormes de IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) já desembarcaram no País.
MAS AÍ VEM O GOVERNO
Em um dia para “amar as pessoas como se não houvesse amanhã”, contudo, Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, distribuiu seus coices e relinchos. Chamou a jornalista Míriam Leitão, da Globo News, e a ex-presidente Dilma de quadrúpedes. Disse que Lula, o meliante de São Bernardo, não fala, grunhe. E atacou, como de costume, a imprensa e a Rede Globo, em especial, por causa da Copa América.
E foi justamente o noticiário sobre ‘Cova América’ que ajudou, com as grosserias presidenciais, a transformar boas notícias em coadjuvantes deste interminável e insuportável tiroteio ininterrupto. O amigo do Queiroz, filhos e uma horda rábica no Congresso e redes sociais ocupam todo o espaço com suas porcarias. Não é a imprensa que não divulga as boas notícias. São eles que não a deixam divulgar.