Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, em mais um dia de absoluta falta do que fazer, já que tudo anda às mil maravilhas por aqui e ninguém morre de COVID-19, durante o tradicional monólogo com aquela gente estranha que se aglomera no chiqueirinho montado às portas do Alvorada, mais uma vez debochou de todos nós, otários pagadores de impostos.
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Volta às aulas: adultos incompetentes espetam a conta na criançadaEleições 2022: as propostas de Lula, Bolsonaro e Ciro para o Brasil1 ano e 500 mil mortos depois, Bolsonaro enfim procura a Pfizer Comparar Bolsonaro com o 'serial killer' Lázaro seria exagero?Para refletir muito: Caso Carrefour; Estado confisca até nossa morteNesta quinta-feira (17/6), também ficamos sabendo de outros assuntos, ou melhor, gastos interessantes do governo. Picanha superfaturada, cerveja, chicletes e leite condensado suficientes para milênios é coisa do passado. Veículos de imprensa, como Record e SBT, com audiência inferior à da Globo, por exemplo, receberam milhões de reais em publicidade oficial, também. Assim como certos jornalistas e ‘youtubers’, como Alexandre Garcia (neste caso, através de anúncios nas devidas plataformas).
A ‘teta’ do dia é a grana recebida pelo apresentador de TV (na verdade, animador de um 'freak show') Sikêra Jr. para fazer propaganda do governo federal. O Estado de Minas informa que 120 mil reais foram repassados a Sikêra através de contratos que foram firmados com empresas de publicidade, conforme documentos obtidos pela CPI da COVID. O apresentador é fervoroso devoto do presidente e do tratamento fictício à base de cloroquina, bem como, voz amiga de todas as mentiras contadas pelo amigão do Queiroz.
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Por último, mas não menos importante, veio à tona o ‘aplique’ que o governo deu na sociedade para justificar a ausência dos militares na Reforma da Previdência aprovada em 2019. À época, Paulo Guedes e companhia disseram que o déficit da categoria não era expressivo, e por isso não iriam incluir a tigrada na mordida que tomamos. Ocorre que, agora, relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) mostra que Bolsonaro simplesmente baixou artificialmente os cálculos, e subtraiu nada menos que 53 bilhões de reais do rombo.
E por falar em militares, já terminando mesmo, o pai do senador das rachadinhas resolveu que irá abrir uma linha de crédito exclusiva para policiais militares comprarem casa própria, com ‘juros extremamente baixos’ (talvez iguais aos que o bolsokid Flávio, o rei do panetone em dinheiro vivo, conseguiu para sua mansão de seis milhões de reais), subsidiados por todos os demais brasileiros. Como se vê, se a ‘mamata acabou, porra!’, acabou para alguns; não para todos. A nós, pobres mortais, o que resta mesmo são cloroquina, coronavírus e cemitério. Viva o mito, nosso salvador. Amém, pessoal?