Há um termo bem antigo utilizado no futebol para ilustrar um jogador ou um time que exagera nas faltas: ‘abriu a caixa de ferramentas’. Pois foi isso o que fez o verdugo do Planalto, nessa quinta-feira (17/6), em mais uma patética aparição no Facebook.
O amigão do Queiroz - aquele miliciano que abasteceu a conta da primeira-dama com 90 mil reais em ‘micheques’ - falou sobre (quase) tudo um pouco. E para não variar, mentiu e desfilou besteiras como ‘nunca antes neste País’.
Dentre as pérolas da noite, como a certeza da vitória de Aécio Neves em 2014, e o apoio explícito à lei aprovada pelo Congresso que facilita - e muito! - a vida dos corruptos e corruptores do País, a demonização das máscaras.
PRIMEIRO O VOTO IMPRESSO
Sobre Aécio, a questão era o voto impresso, fetiche só não maior que cloroquina. O bilontra disse que Dilma venceu na mão grande, e aproveitou para novamente ameaçar o País caso perca a eleição em 2022, sem o tal… voto impresso!
Segundo o protoditador - e covarde, que já está com medinho de perder -, o Brasil poderá ter ‘um problema seríssimo’ sem o voto impresso, já que ‘um lado ou outro pode não aceitar o resultado’. É mesmo? E fará o quê?
Aliás, sobre fraude na eleição, voltou a dizer que tem provas de que venceu ainda no primeiro turno em 2018. O diabo é que, como um bom picareta que é, ele só fala, mas nunca apresenta as tais provas que jura ter.
AGORA AS MÁSCARAS
Mais uma vez, do alto de toda sua gigantesca burrice e mau-caratismo, o devoto da cloroquina, no intuito de atingir o governador de São Paulo, João Doria, disse que usar máscara dentro do carro pode ocasionar acidentes.
Sim, meus caros. Para o maníaco do tratamento precoce, acreditem, isso causaria ao motorista falta de oxigenação e acúmulo de gás carbônico no cérebro, durante a respiração. Por falar em cérebro, na boa, esse cara tem isso?
Além de estúpido, o pai do senador das rachadinhas e da mansão de 6 milhões de reais é mentiroso, pois disse que, em São Paulo, quem não usar máscara dentro do carro será multado. Isso não é nem nunca foi verdade.
LIVES: CIRCO MAMBEMBE
Uma das demonstrações mais grotescas da gênese autoritária e messiânica - combinação que costuma ser fatal - de Jair Bolsonaro é essa maldita ‘live’ que emporcalha o País, toda quinta-feira à noite.
Como um circo dos horrores de filme mexicano de quinta categoria, sempre escoltado por duas figuras, ainda que temporariamente, não menos patéticas e exóticas, o sócio do coronavírus exorciza seus demônios, ao vivo e em cores, para todo o Brasil.
Ora nos ameaça com golpe de Estado, ora ofende a população, ora faz apologia à violência, ora destila preconceito e ignorância, ora propaga ódio e cisão, ora exercita negacionismo e obscurantismo, ora, ou melhor, sempre, mente.
O FUNDO DO POÇO SEM FUNDO
Quando Lula da Silva, o meliante de São Bernardo, foi eleito, eu pensei: é o fundo do poço. Quando foi reeleito, com mensalão e tudo, pensei: agora é o fundo do poço de verdade. Afinal, o que mais poderia acontecer de pior?
Apenas quando Dilma Rousseff, nossa eterna estoquista de vento, foi eleita, é que o fundo do poço me pareceu inexistente. E quando a saudadora de mandioca foi reeleita, então, eu tive plena certeza: é um poço sem fundo; sem fim.
Com o atual sociopata que nos desgoverna, eu nem penso mais nisso, no tal do fundo do poço. Só penso que, se um dia chegarmos mesmo no fundo, o poço ainda terá um alçapão. E em 2022, ao que parece, minha tese será comprovada.