Jornal Estado de Minas

OPINIÃO SEM MEDO

Bolsonaro 1000%: agora, o batom não é só na cueca; é no corpo inteiro


Desde o primeiro encontro entre o deputado Luis Miranda e o presidente Jair Bolsonaro, o devoto da cloroquina, em que, segundo o parlamentar, o amigão do Queiroz fora avisado sobre os enroscos de Ricardo Barros com a aquisição da vacina indiana Covaxin, o líder do governo (meu xará citado acima) na Câmara se encontrou com o ‘mito’ pelo menos dez vezes. Ou seja, tiveram tempo de sobra para falar sobre as suspeitas e os rumores de corrupção envolvendo Barros e servidores do Ministério da Saúde.





Como sabemos, Jair Bolsonaro, o maníaco do tratamento precoce, nada fez. E, se fez, foi permitir que o rolo seguisse adiante, até o caso ‘estourar’, há alguns dias. Agora, ficamos sabendo que o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o general-fantoche do presidente, pediu a cabeça de Roberto Ferreira Dias - acusado de pedir propina de 1 dólar (por dose de vacina) a um representante da AstraZeneca - da Diretoria de Logística do Ministério da Saúde, em outubro do ano passado, tão logo surgiram rumores sobre corrupção na compra de imunizantes.

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De acordo com reportagem da CBN, confirmada pela Folha de São Paulo, foi o próprio Jair Bolsonaro, o pai do senador das rachadinhas e da mansão de seis milhões de reais, quem, por pressão política, impediu a exoneração do suspeito, que foi efetivada apenas nessa última terça-feira (29/6). Segundo a imprensa, Davi Alcolumbre intercedeu pelo servidor e, Bolsonaro, em tese, prevaricador, aquiesceu. O ato de exoneração a pedido de Pazuello, inclusive, chegou a ser enviado ao Palácio do Planalto.

Dilma Rousseff, nossa eterna estoquista de vento, sempre se vangloriou - como se fosse qualidade, e não obrigação - de nunca ter metido a mão na cumbuca da roubalheira lulopetista. Dilminha fingia não ver e ouvir, e deixava o pau quebrar. Tipo: não roubou, mas deixou roubar. 

Não sei se Bolsonaro é da mesma espécie. Acho que não. Acho que é do tipo que ‘rouba e deixa roubar’, como o meliante de São Bernardo, Lula da Silva. Que fique claro: acho! É minha visão, minha percepção. Não estou fazendo nenhuma acusação, até porque, não há qualquer mínimo indício que ligue o presidente a roubo neste momento. Mas que - ao menos é o que tudo indica - prevaricou, isso fica cada vez mais claro. E prevaricação também é crime.




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