Em mais uma demonstração de completa incompostura para o cargo, o devoto da cloroquina voltou a usar seu linguajar típico do baixo meretrício para atacar a CPI da COVID-19 e os senadores que a compõem.
Instado por carta oficial a responder se confirma ou não as acusações que fizeram os irmãos Miranda, que foi alertado dos indícios claros de corrupção no Ministério da Saúde, o amigão do Queiroz mandou ver:
‘Hoje, acho que o Renan, o Osmar, o saltitante, fizeram uma festa lá embaixo, na Presidência. Vieram entregar um documento para eu responder perguntas à CPI. Sabe minha resposta? Caguei. Caguei para a CPI. Não vou responder nada’.
Quem cala consente
Além da inadmissível falta de decoro e do total desprezo pelo Poder Legislativo, o maníaco do 'tratamento precoce' acaba sendo conivente com a acusação que lhe foi feita. Ora, se não desmente os Miranda, é porque não pode.
Até que diga o contrário, o pai do senador das rachadinhas e da mansão de seis milhões de reais prevaricou, sim. Foi alertado dos rolos de seu líder de governo na Câmara, o deputado Ricardo Barros, e deixou seguir adiante.
E pouco importa se, ao final, após denunciado o superfaturamento, o ministério da Saúde não efetivou o negócio, pois todas as tratativas foram feitas e concluídas, e por si só isso já basta para configurar crime de corrupção.
Boca suja
A expressão dos pensamentos e valores do marido da receptora de cheques de milicianos se dá através de gestos e palavras. Como da boca deste sujeito só sai o que não presta e, via de regra, de forma chula, fica fácil enxergar quem ele é.
Um bêbado de botequim decadente e/ou um arruaceiro de zona de cais de porto se comportam melhor, em seus papéis, do que o psicopata homicida que ocupa o Palácio do Planalto. Dos primeiros, se esperaria exatamente o que faz o segundo.
Bolsonaro não está ‘cagando’ apenas para a CPI. Ele está ‘cagando’ para o Brasil e os brasileiros. Está ‘cagando’ para a democracia e a Presidência da República. Só não está ‘cagando’ para si mesmo, seus bananinhas, rachadinhas e afins.
Atualmente, nada é mais tóxico e nocivo para o País do que a presença do traste na chefia do Poder Executivo e, sobretudo, das Forças Armadas. Ao menos seus dias como presidente estão contados. Ainda que o que poderá vir aí, promete não ser nada melhor.