Na boa, já ouvi presidente dizer que ‘eu tenho aquilo aquilo roxo’ e ‘duela a quien duela’ (Fernando Collor de Mello, ao ilustrar a cor de seus Países Baixos). Já ouvi presidente dizer que ‘seja legal com seus filhos; são eles que vão escolher o asilo’ (Itamar Franco, resumindo o que esperava da vida). Já ouvi presidente - Fernando Henrique Cardoso - chamar os aposentados de 'vagabundos'. Mas não só.
Já ouvi presidente querendo ‘buscar o Ponto G da negociação’, e lamentar que a Terra, ‘esse planetinha’, não seja ‘quadrado’, por isso ‘a poluição de um hemisfério passa para o outro’ (Lula da Silva, o meliante de São Bernardo, dando aula sobre aquecimento global). Já ouvi presidente - que se intitulava ‘presidenta’ - ‘saudar a mandioca’, ‘estocar vento’, falar da ‘mosquita da dengue’ e do ‘cachorro oculto’.
psicopata sociopata 1000% homicida e ‘cagão’, Jair Messias Bolsonaro.
De tanto ouvir presidentes, eu imaginava já ter visto e ouvido de tudo, até que um dia surgiu ele, o mito, o amigão do Queiroz, o devoto da cloroquina, o maníaco do tratamento precoce, o pai do senador das rachadinhas e da mansão de 6 milhões de reais, o marido da receptora de cheques de milicianos, o verdugo do Planalto, o INSUPERÁVEL
Invejoso, o atual presidente da República superou, com folga, todas as besteiras ditas ‘nunca antes na história deste paíff’. Já disse, por exemplo, que ‘morador de cidade de praia não pega Covid-19 por causa do Sol’. Aliás, ‘brasileiro pula e sai do esgoto e não pega nada’. E ‘a Amazônia é úmida, não pega fogo, nem se você pegar álcool e fósforo, é difícil pegar fogo’. Então tá, né?
Mas o recorde dos recordes foi dito no domingo (18/7), às portas do hospital que o recebeu para fazer proselitismo político e auto vitimização: ‘na guerra do Pacífico, não tinha sangue para os soldados, e resolveram botar água de coco e deu certo’. Sim, você entendeu bem. Depois de beatificar a cloroquina contra o coronavírus, o ex-capitão reformado com desonra substituiu o sangue humano por água de coco - o que, aliás, já tinha feito também em outra ocasião.
Bolsonaro garante que soldados americanos, na falta de sangue, receberam água de côco e se salvaram. Entendem agora nas mãos de quem estamos? Entendem o tamanho do buraco em que nos metemos? Dilma, Lula e companhia são gênios perto desta anta descomunal. Me lembro bem quando ele disse: ‘aplique um teste do ENEM em mim, no Lula e na Dilma. Se eu não tirar uma nota maior do que a deles, juntos, não estou preparado para ser presidente’. Pois é. O Brasil é como o Bolsonaro: imorrível.