O dia de ontem, terça-feira (10/8), não começou nadinha bem para Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto. Logo pela manhã, uma nuvem cinza, e cheirando a óleo diesel queimado, tomou conta da entrada do Palácio do Planalto. Eram os ‘fusquinhas 68’, ou melhor, os blindados das Forças Armadas que demonstrariam ‘força e poder’ em apoio à sanha golpista do devoto da cloroquina. Um verdadeiro fiasco que correu o mundo e nos tornou, outra vez e por outro motivo, chacota internacional.
A parte da tarde reservou outra má surpresa para o Jair ‘eu sou o centrão’ Bolsonaro. O Senado Federal aprovou o texto-base que manda às favas um entulho da ditadura sob a forma de lei: Lei de Segurança Nacional. Agora, os ministros sabujos do ‘mito’ não poderão usar mais a estrovenga para prender quem chama Bolsonaro de ‘pequi roído’, certo, Sr. André Mendonça, futuro - meu Deus! - ministro do STF? Segurança Nacional de fato é haver uma lei proibindo populista golpista de ser presidente.
Já a noite trouxe o golpe final, a pá de cal, a cereja do bolo que irá causar não uma obstrução intestinal (das que o amigão do Queiroz está acostumado), mas uma noite acordado, insone, em profunda desesperança e amargura. A PEC do Voto Impresso foi definitivamente atirada na lata do lixo, de onde jamais sairia não fossem o próprio pai do senador das rachadinhas e da mansão de 6 milhões de reais e seus minions aloprados. Eram necessários 308 votos a favor, e apenas 229 foram alcançados.
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Se o dia contasse com mais de 24 horas, o sociopata homicida que desgoverna o Brasil teria levado mais ‘bolas nas costas’ - duplo sentido bem ao gosto da família amiga de milicianos cariocas. Jair Bolsonaro descobriu ontem que, ainda que tenha entregue o governo e o cofre ao centrão, só poderá contar com os nobres deputados em temas que interessem aos próprios, e ditadura e golpismo não interessam. Aliás, o impeachment também não, pois acabaria a principal moeda de troca, digo, venda.
Vejamos, pois, qual será a próxima cruzada bolsonarista. Já atentou contra o STF e o Congresso Nacional. Atenta - todos os dias - contra a imprensa e a oposição, bem como contra as eleições e o TSE. Até bem pouco tempo atrás, o alvo eram prefeitos e governadores. Como já foram as vacinas, as máscaras, o distanciamento social, a ciência e a medicina. Bolsonaro não sobrevive sem uma briga, já que teria de se ver com a realidade dos fatos: seu péssimo governo e sua mediocridade pessoal.