A revista VEJA publica em sua edição desta semana uma entrevista com Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto. E faz muito bem! Imprensa boa é imprensa. Imprensa que presta são todas. Quem decidirá o que ler, ouvir e assistir será o próprio consumidor, e não um governo qualquer.
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Mais rachadinha: Carlos Bol$onaro é chefe de quadrilha, segundo MP do RioO Bolsonarismo é uma armadilha impossível de se escaparTem gente que olha para o ridículo e fala: 'vou ser'. Esse é BolsonaroAgenda de Bolsonaro mudou: saíram golpe e COVID; entrou campanha eleitoralO duplo padrão moral e a incongruência da seita bolsonaristaMinistro do dedo do meio não é mais meu vizinho. Ufa! Já é alguma coisaEssa gente imunda, covarde e asquerosa só aceita opiniões que lhes convém. Do contrário, seu opositor é ‘lixo, vendido, verme’. Quando Lula da Silva, o meliante de São Bernardo, e seu bando davam as cartas, os fascistoides de esquerda atacavam a mesma imprensa. Hoje, é o bolsonarismo.
VAI E VEM
Jair Bolsonaro, o devoto da cloroquina, é um pêndulo de cinismo, de ignorância e imoralidades que, ao sabor do momento e da ocasião, vai de um extremo ao outro, mudando de opinião como quem muda de cueca, arrastando consigo a multidão de bovinos desocupados, guiados pelo berrante do pastor.
Em um dia, ele chama para o golpe e é idolatrado: ‘uhu, viva, mito, isso mesmo’. Em outro, elogia a quem atacava, enfia o rabinho entre as pernas e é saudado: ‘mestre, estrategista, estadista, mito’. Um dia, diz ‘o centrão é lixo’, e a galera ‘viva, patriota, uhu, nosso salvador’. Outro dia, declara: ‘eu sou o centrão!’.
O gado já não sabe se Moro é herói ou bandido; se Collor é ladrão ou honesto; se Lira e Nogueira são patriotas ou usurpadores; se rachadinha é corrupção ou salário; se autoritarismo é coisa de comunista ou de bolsonarista; se eleição é democracia ou ditadura; se a imprensa é boa ou ruim; se Moraes é bandido ou professor.
VEJA PASSA-PANO
A entrevista do maníaco do tratamento precoce é um panfleto passa-pano mais falso que nota de 3 reais. Não há uma única verdade nas palavras de ‘paz e harmonia’ do golpista homicida. Muito menos na promessa de apoio a um futuro democrático. E a revista sabe disso! Mas seu papel é entrevistar e publicar. Simples.
A Veja poderia ter feito as perguntas e confrontado as respostas, claramente falsas e conflitantes, com a realidade. Se assim não o fez, trata-se de uma escolha editorial e empresarial. Legítima! O consumidor é que deve decidir se terá a Veja como fonte de informação ou não. O que não é admissível é calar a revista ou o entrevistado.
Agora, não deixa de ser engraçado assistir à manada, que até ontem demonizava a revista, querendo sua extinção, falência, etc, hoje compartilhar a entrevista como se jamais tivesse dito tudo o que disse. O governo anunciou que irá gastar 500 milhões de reais em publicidade. Acabou a mamata! Que a Veja receba seu justo quinhão.